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UE e Mercosul na reta final para fechar acordo de exportação entre os blocos

Ursula von der Leyen Foto: Frederick Florin/AFP/Getty Images

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chega ao Uruguai nesta quinta-feira (5) para participar do encontro do Mercosul e tentar concluir um acordo comercial há muito desejado entre os países da União Europeia e as principais economias da América Latina.

Estão em curso conversações técnicas com a Argentina, o Brasil, o Uruguai e o Paraguai sobre o que seria o maior acordo comercial alguma vez concluído pelo bloco europeu.

“Já dá para ver a linha de chegada do acordo UE-Mercosul”, disse von der Leyen num post no X. “Vamos trabalhar, vamos cruzá-la”.

A decisão de von der Leyen de participar do encontro em Montevideu, que começa nesta quinta (5), é um sinal de que os negociadores consideram provável um acordo sobre o pacto, segundo com pessoas familiarizadas com o assunto.

O acordo comercial reduziria tarifas para a maioria das exportações da União Europeia para algumas das maiores economias latino-americanas, ao mesmo tempo que abriria o mercado europeu às importações, incluindo produtos agrícolas. Além disso, reforçaria a presença europeia numa região onde a China tem feito incursões nos últimos anos.

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Será particularmente importante para os exportadores de automóveis, que verão as atuais taxas aduaneiras de 35% serem gradualmente eliminadas ao longo dos próximos anos. Serão também eliminados os impostos elevados sobre outros produtos industriais, como peças de automóveis, maquinaria, produtos químicos, vestuário e têxteis.

O acordo, que criaria um mercado integrado de 780 milhões de consumidores, ainda enfrenta um processo de ratificação muito difícil, uma vez que os principais estados-membros da União Europeia, notadamente a França e a Polónia, se opõem ao acordo devido a pressões de setores agrícolas preocupados com questões ambientais e regulamentares.

O pacto comercial do Mercosul, há muito adiado, foi acordado em princípio em 2019, mas desde então tem sido questionado, principalmente por objecções francesas. Se um acordo for feito em breve, chegará em um momento difícil para o presidente francês Emmanuel Macron, que está lidando com o colapso de seu governo.

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A Alemanha, que representa cerca de um quinto da população da UE, é um forte apoiador do acordo, juntamente com a Espanha. O Brasil está entre as nações latino-americanas que mais pressionam para que este acordo seja fechado.

“O que nós queremos é concluir as negociações este ano”, disse Maurício Lyrio, secretário do Ministério das Relações Exteriores do Brasil que lidera as negociações com a UE. “O que posso dizer é que estamos esperançados”.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Bloomberg

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