Boleto que você paga todos os meses derruba inflação do IGP-DI; entenda
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou, nesta sexta-feira (6), os dados do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de novembro, um dos medidores da inflação no Brasil. O indicador mostrou desaceleração, passando de 1,54% em outubro para 1,18% em novembro, com as novas tarifas de energia no País.
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O resultado do indicador de inflação ainda superou a mediana das previsões do mercado monetário colhidas pelo Projeções Broadcast, que apontava avanço de 1,06%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma alta de 5,94% no ano. Em 12 meses, houve crescimento acumulado de 6,62%.
Na composição do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa o atacado, teve elevação de 1,66% em novembro, ante uma alta de 2,01% em outubro; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que apura a evolução de preços no varejo, caiu 0,13% em novembro, após aumento de 0,3% em setembro; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,40% em novembro, depois da alta de 0,68% em outubro.
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Segundo o economista do FGV IBRE, Matheus Dias, a desaceleração do IGP-DI está ligada principalmente à redução no preço da tarifa de energia ao consumidor final e uma alta mais leve nos preços das commodities agrícolas. “O IPA registrou alta menos intensa em relação a outubro, sendo influenciado pela desaceleração das commodities agrícolas. Pelo lado do consumidor, a queda observada foi impactada pela tarifa de eletricidade residencial, que teve a adoção da bandeira tarifária amarela”, disse Dias no documento que acompanha a divulgação do IGP-DI.
O arrefecimento no IPC também está relacionado à queda na tarifa de eletricidade residencial, cuja variação de preços saiu da alta de 4,41% em outubro para uma queda de 8,76% em novembro. Três de oito classes de despesa que compõem esse índice desaceleraram ou caíram de fato: habitação, que saiu da alta de 1,09% em outubro para queda de 1,99% em novembro; Saúde e Cuidados Pessoais (0,25% para 0,11%) e Comunicação (0,13% para 0,06%).
*Com a colaboração de Gabriel Vasconcelos, do Broadcast
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Autor: Camilly Rosaboni