Dólar hoje tem ligeira alta à espera de dados de emprego dos EUA
O dólar operava em alta em relação ao real nesta sexta-feira (6), interrompendo uma sequência de três dias de perdas, com os investidores atentos aos dados do relatório de empregos (payroll) nos Estados Unidos, em busca de sinais sobre a trajetória da taxa de juros do Federal Reserve.
Confira a cotação em tempo real: Conversor de Moeda
Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 9h10, o dólar à vista operava com alta de 0,08%, cotado a R$ 6,016 na compra e R$ 6,017 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,37%, a 6.032 pontos.
Na quinta-feira, o dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,63%, cotado a 6,0089 reais, após ter atingido na segunda-feira o maior valor nominal de encerramento da história, de 6,0652 reais.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025.
Dólar comercial
- Compra: R$ 6,016
- Venda: R$ 6,017
Dólar turismo
Compra: R$ 6,049
Venda: R$ 6,229
O que acontece com o dólar hoje?
Os holofotes estarão voltados para o payroll de novembro, que será divulgado às 10h30, enquanto os investidores tentam adivinhar o ritmo dos futuros cortes nas taxas do Federal Reserve (Fed).
Espera-se que as folhas de pagamento tenham aumentado em 200.000 empregos no mês passado, de acordo com uma pesquisa da Reuters, após aumentar em apenas 12.000 em outubro, o menor número desde dezembro de 2020.
O resultado vai compor a base de dados necessária para o Fed definir sua decisão de política monetária neste mês. Dados desta semana mostraram uma desaceleração gradual no mercado de trabalho, o que consolidou as apostas de um corte de 25 pontos-base nos juros.
Agentes monetários ainda precisam seguir observando os anúncios do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, cujas promessas de campanha, incluindo tarifas e cortes de impostos, são consideradas inflacionárias por analistas, o que pode impactar na trajetória da taxa de juros do país.
“A questão de como o governo Trump aplicará as tarifas nos parece uma das principais fontes de incerteza e de risco negativo. Se usadas com vigor excessivo, as tarifas poderão criar perturbações tanto para a economia dos EUA como para o resto do mundo”, disseram analistas do Citi em nota.
Em meio à espera pelos dados de emprego, o dólar tinha leve alta ante a maioria de seus pares emergentes, movimento que se estendia para o Brasil.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,06%, a 105,780.
No cenário doméstico, o dólar tem tido uma semana histórica, fechando por sessões consecutivas acima de 6,00 reais, após superar a marca na semana passada pela primeira vez desde o início da circulação da moeda brasileira, em 1994.
Na quinta-feira, o dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,63%, cotado a 6,0089 reais, após ter atingido na segunda-feira o maior valor nominal de encerramento da história, de 6,0652 reais.
Por trás dos recordes, está a contínua preocupação dos investidores com a trajetória das contas públicas, principalmente depois do duplo anúncio do governo de um pacote de medidas de contenção de gastos e de um projeto de reforma do Imposto de Renda.
As medidas fiscais já eram esperadas, mas o mercado recebeu mal o projeto que busca expandir a faixa de isenção do IR para quem ganha até 5 mil reais por mês.
Um otimismo maior finalmente foi exibido na véspera, após a aprovação pela Câmara dos Deputados, na noite de quarta-feira, do regime de urgência para duas propostas que integram o pacote fiscal do governo.
O foco na próxima semana será a última reunião do Copom neste ano. Operadores colocam 58% de chance de uma alta de 75 pontos-base na Selic, atualmente em 11,25% ao ano, com 42% de probabilidade de um aumento de 100 pontos, em meio ao que veem como uma economia superaquecida e com potencial inflacionário.
(com Reuters)
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Autor: Felipe Moreira