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Trader usa payroll, índice de inflação dos EUA e taxa de juros americana para operar

Trader usa payroll, índice de inflação dos EUA e taxa de juros americana para operar

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Douglas Henrique começou no mercado monetário em outubro de 2019. Pouco tempo depois conheceu o Tape Reading, estratégia de operação baseada no acompanhamento dos fluxos de negociação de ativos.

Acabou entrando em outubro de 2020 na equipe da Top Gain. Mas já naquela época achava que ele podia ir mais além nas suas operações. “Vi que estava faltando algo. Uma notícia que poderia fazer movimentação do mercado. Me interessei pelo macro por isso”, diz.

“Em busca de conhecimento, fui tentar entender porque o dólar vai subir e porque ele vai cair”, complementa. Douglas Henrique participou do episódio 61 do programa GainDelas, do canal GainCast, com apresentação de Ariane Campolim e Mari Damaceno.

Painel de dado macro

“Acho legal essa questão do macro. Não sou o cara que vai debater sobre o assunto. Entendo, mas não sou especialista”, reconhece o trader. Douglas Henrique conta que na sua tela de operação tem um painel de dados macros.

“Nele, tenho os 16 principais ativos do mundo, incluindo o S&P 500, DAX (principal índice da bolsa da Alemanha), índice da bolsa da China (por ser maior parceira comercial do Brasil), dos juros americanos e do dólar perante os pares de moedas tanto de países desenvolvidos como emergentes”, relata.

“O painel me dá uma certeza muito boa porque vejo os 16 ativos tomando direcional juntos”, complementa. “Então, quando sai uma notícia, como do CPI (índice de preços ao consumidor dos EUA), a gente sabe que quando ele vem acima (do previsto), tem a chance de o dólar ganhar força perante os pares, dependendo do ciclo econômico”, afirma.

“Com o dólar subindo perante todos os pares de moedas, é muito difícil no Brasil não acompanhar”, ressalta, sobre a taxa de câmbio. O trader diz ter facilidade maior de operar nesses dias de notícias mais “quentes” no mercado monetário.

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Mini-índice é mais técnico

Mas ele diz que no day trade também não tenta ficar tão preso se o dólar vai subir por causa disso ou daquilo porque “às vezes está enviesado para subir, mas cai”. O trader diz que há um ano passou a operar o mini-índice.

“Vejo o índice um pouco mais técnico do que dólar. O dólar tem muitas variáveis”, afirma. “Tentei me especializar onde tem volatilidade”, diz.

Douglas Henrique diz que gosta especialmente de olhar três dados divulgados periodicamente: taxas de juros americana do Fed (divulgado quinzenalmente), CPI e payroll (relatório de emprego dos EUA).

“Payroll, por exemplo, a gente tem um estudo quantitativo, que se ele for vir com 20 mil vagas (abertas) a mais ou 50 mil vagas a mais, já sabemos mais ou menos o que fazer (no day trade) na hora que sai o número”, explica.

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Payroll

Ele diz, que se o payroll vier, por exemplo, com 50 mil vagas a mais do estimado, vai esperar o mercado “dar uma acalmada”. “Agora, se vier com 100 mil vagas acima do aguardado, vou entrar (na operação)”, diz. É que a volatilidade, principal momento para atuar no trade, fica grande quando o índice se descola muito da expectativa.

“Os melhores drives são aqueles que vem contra a expectativa. No mês passado o payroll veio com 200 mil vagas de empregos. Esse mês é aguardado 250 mil vagas – mas aí ele vem com 150 mil vagas. Então, veio totalmente fora da estimativa, pegando todo mundo de surpresa. Assim, tende a ter as melhores oportunidades (para trade), quando vem distorcida a projeção”, destaca.

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Autor: augustodiniz

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