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6 benefícios da desconexão digital para melhorar a saúde mental

6 benefícios da desconexão digital para melhorar a saúde mental

O uso excessivo de dispositivos digitais já é uma preocupação na sociedade moderna, já que afeta profundamente a saúde mental, além de outros aspectos fisiológicos, como o sono e as funções neurológicas, assim como as relações interpessoais e até a produtividade. 

A conectividade constante, apesar de oferecer mais facilidades do que realmente precisamos, impõe desafios significativos, como o aumento do estresse, o esgotamento mental e a dificuldade em estabelecer limites claros entre vida pessoal e profissional. 

Especialistas ressaltam que, em meio a essa realidade, a prática da desconexão digital surge como uma solução eficaz para resgatar o equilíbrio e promover bem-estar físico e emocional.

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1. Melhoria na qualidade do sono

Passar longos períodos conectados, especialmente à noite, prejudica o ciclo circadiano devido à luz azul emitida pelos dispositivos.

 “O uso prolongado das telas, especialmente antes de dormir, interfere no ciclo circadiano, resultando em insônia e piora da qualidade do sono”, explica Marcelle Alfinito, psicóloga especialista em saúde mental.

Para melhorar o descanso, Alfinito sugere criar zonas livres de tecnologia, como evitar celulares no quarto. Essa prática ajuda a mente a relaxar e a preparar o corpo para o sono.

De acordo com Monica Andersen, diretora do Instituto do Sono, afirma que as pessoas tendem a abusar do tempo de telas antes da hora de dormir.

“A internet é interativa. O cérebro está sempre cheio de perguntas e busca as respostas delas imediatamente. As telas mantêm a mente alerta”

Ela destaca que as redes sociais estimulam muito essa necessidade de gratificação instantânea, que causa a liberação de dopamina (o famoso hormônios da felicidade). Ela recomenda que se evite telas pelo menos duas horas antes de dormir.

2. Redução do estresse e da ansiedade

A desconexão digital reduz a hiperestimulação cerebral e o estado de alerta constante provocado por notificações e informações. 

Segundo Edson Yokoo, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, “a hiperconectividade causa um período de estimulação cerebral persistente, onde sabemos que isso leva a um declínio cognitivo e aumenta o esgotamento mental e físico”.

Práticas como o meditação mindfulness e atividades relaxantes offline, como leitura ou caminhadas, são eficazes para restaurar o equilíbrio emocional e reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse.

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3. Fortalecimento das relações interpessoais

O tempo excessivo online pode prejudicar os vínculos sociais ao reduzir a qualidade das interações presenciais. “Se priorizarmos as telas, negligenciamos momentos importantes de convivência, como conversas significativas ou atividades em família”, alerta Alfinito.

Momentos offline permitem a reconexão com amigos e familiares. “Ao reservar momentos para se desconectar, as pessoas ficam mais presentes nas interações, promovendo conversas mais significativas e escuta ativa”, afirma a psicóloga Amanda Carvalhal.

4. Aumento da produtividade e foco

Estar constantemente conectado pode dar a sensação de multitarefa, mas frequentemente prejudica o desempenho. 

O neurologista ressalta que o uso excessivo de dispositivos leva a uma queda no desempenho da atenção e do raciocínio, o que pode ocasionar em uma queda de produtividade.

Estabelecer horários específicos para o uso de dispositivos no trabalho e delimitar pausas regulares são estratégias úteis. Assim, é possível concentrar-se melhor nas tarefas importantes e evitar distrações.

5. Desenvolvimento de hobbies e atividades prazerosas

A desconexão digital também abre espaço para descobrir ou retomar hobbies, como esportes, artesanato ou jardinagem. “Priorizar atividades offline que promovam bem-estar e relaxamento é essencial para encontrar equilíbrio”, sugere Carvalhal.

Esses momentos não apenas oferecem prazer imediato, mas também ajudam a manter uma rotina mais rica e diversificada.

6. Autoconsciência e bem-estar emocional

Ao desconectar-se, cria-se um espaço para reflexão e autoconhecimento. Alfinito reforça que essa pausa digital promove “momentos offline que proporcionam tempo para refletir e priorizar o que realmente importa.”

A prática da desconexão não exige mudanças drásticas, mas ajustes simples, como evitar checar redes sociais ao acordar ou durante refeições. Essas ações geram impactos positivos no bem-estar físico e emocional.

Como adotar a desconexão digital

A transição para um uso mais consciente da tecnologia pode ser feita gradualmente. Entre as estratégias sugeridas pelos especialistas estão:

  • Estabelecer horários fixos para uso de dispositivos.
  • Criar zonas livres de tecnologia em casa.
  • Definir limites claros para e-mails e mensagens fora do expediente.

“A desconexão digital não significa abrir mão da tecnologia, mas usá-la de maneira mais consciente e equilibrada”, conclui Carvalhal, reforçando que é possível aproveitar os benefícios do mundo digital sem abrir mão do bem-estar e das relações interpessoais.

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Autor: Victória Anhesini

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