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Itaú (ITUB4): ações do banco podem ser afetadas após escândalo de corrupção?

Analistas do mercado dizem que o escândalo de corrupção no Itaú (ITUB4) não deve impactar as ações do banco e muito menos os dividendos da companhia. Mas, segundo eles, o episódio – e outro divulgado na semana passada – pode manchar a imagem da governança corporativa do Itaú.

Nesta segunda (9), as ações do Itaú operam em alta de 0,92%, às 11h22, cotadas a R$ 33.

O Itaú acusa o ex-diretor monetário (CFO) do banco, Alexsandro Broedel, de conflito de interesses na contratação de pareceres contábeis entre 2019 e 2024. De acordo com o que apurou o Estadão, Broedel teria autorizado pagamentos de R$ 13,3 milhões ao longo desse período a uma firma do professor de contabilidade Eliseu Martins, de quem é sócio em outra firma. Posteriormente, teria recebido 40% desse valor. Em nota, via assessoria, Broedel comentou que as acusações são infundadas e que Martins já prestava serviços ao Itaú por 20 anos.

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Além disso, na semana passada, o Itaú demitiu o seu diretor de marketing (CMO) por uso indevido do cartão corporativo do Itaú. Na visão de Matheus Nascimento, analista da Levante Inside Corp, os dois casos mostram que a governança corporativa do Itaú foi abalada.

“A tendência é de que os analistas queiram ouvir o RI (Relações com Investidores) em relação aos detalhes sobre as acusações sobre Broedel. O valor que foi supostamente desviado é relativamente baixo para o banco, o que não deve afetar a companhia. No entanto, isso deve trazer um sentimento negativo de curto prazo para as ações do Itaú, porque a imagem da governança corporativa do Itaú fica deteriorada”, argumenta.

Escândalo com CFO não altera tese de investimentos do Itaú

Para ele, mesmo com o banco tendo uma boa postura em relação ao caso, ele é um mau sinal para o investidor. Em linhas gerais, pode causar algum impacto negativo de curto prazo no ativo em função das tensões do mercado. No entanto, para o médio e longo prazo, as perspectivas ainda são otimistas e a tese de investimentos do Itaú está mantida. “O valor desviado é muito baixo e não deve trazer grandes impactos para o banco”, aponta Nascimento.

A Levante tem recomendação de compra para as ações do Itaú com preço-alvo de R$ 41 para os próximos 12 meses, uma potencial alta de 25,4% na comparação com o fechamento de sexta-feira (6), quando o papel encerrou o pregão a R$ 32,70. Ele estima ainda que o banco deve entregar um retorno de 8% do valor de sua ação em dividendos em 2025.

Artur Horta, especialista em investimentos da GTF Capital, comenta que a postura do Itaú com o caso de Broedel foi correta. Como o valor envolvido é baixo, as ações da companhia não deve ser impactadas.

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Ele diz que há duas formas de olhar o ocorrido. “Do lado negativo, a gestão do Itaú foi negligente e não percebeu que um diretor de alto escalão se aproveitou de seu cargo para lucrar com isso. No lado positivo, a firma identificou o ocorrido, está buscando punição para os responsáveis e agora pode aprimorar sua governança corporativa”, explica Horta.

Na visão dele, os papéis do Itaú continuam atrativos para o investidor. O especialista estima que o dividend yield do Itaú deve ficar em 7% nos próximos 12 meses, perspectiva interessante para o investidor.

Felipe Sant’ Anna, especialista em mercado da mesa proprietária Star Desk, também acredita que o episódio agora investigado pela CVM não afeta a tese de investimentos do Itaú. Na visão do especialista, o valor desviado é pequeno em comparação aos números operacionais do banco. Mais: o ex-CFO não está mais no Itaú e o banco já tomou todas as medidas cabíveis. “O comunicado feito pelo banco mostra que o Itaú está seguindo as regras do mercado”, explica.

Sant’ Anna diz que somente um desdobramento com proporções muito maiores poderia surtir algum efeito, como a descoberta de um valor maior que o apresentado, visto o tamanho do Itaú. No entanto, as chances disso acontecer nesse momento são baixas e, por isso, o especialista reforça o consenso de que as ações do Itaú (ITUB4) continuam atrativas para o investidor.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Bruno Andrade

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