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Klabin (KLBN11): foco em diminuição do endividamento agrada o mercado; veja análises

O Investor Day da Klabin (KLBN11), realizado na terça-feira (10), repercutiu de forma positiva no mercado. Durante o evento, a firma reforçou o foco na desalavancagem e na geração de fluxo de caixa livre (FCF) – medidas que, na visão dos analistas, podem tornar a tese de investimento na companhia mais atrativa.

Para o Goldman Sachs, que mantém recomendação neutra para Klabin com preço-alvo de R$ 20 para os próximos 12 meses, a gestão da firma está focada em colher os benefícios do ciclo de investimentos anterior e reduzir a alavancagem principalmente por meio de uma geração mais robusta de fluxo de caixa operacional, impulsionada por um mix de produtos mais favorável, maior produção e custos mais baixos.

A firma também divulgou na terça-feira estimativas atualizadas de investimentos (capex), com a projeção de um valor total de R$ 3,3 bilhões em 2024 e igual cifra para 2025. “Não esperamos anúncios de crescimento relevante em capex antes do final de 2026 ou início de 2027, quando a alavancagem do balanço deve retornar aos níveis-alvo normalizados de 2,5 vezes a 3,5 vezes a dívida líquida/Ebitda (indicador que mede o grau de endividamento de uma firma)”, afirmam os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques, que assinam o relatório do Goldman.

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Os especialistas destacam que a orientação para capex em 2025 ficou amplamente em linha com as suas estimativas, mas ponderam que a projeção de custos de produção pode ter ficado aquém das expectativas dos investidores, que esperavam uma redução nominal dos valores. Os analistas do banco também identificam riscos à projeção devido a um real mais fraco.

Já o time do BTG Pactual reiterou a recomendação de compra para a Klabin, com preço-alvo de R$ 30 para os próximos 12 meses, o que representa um potencial de valorização de cerca de 28,4% em relação à cotação de fechamento do ativo nesta quarta-feira (11), de R$ 23,37. Para a casa, a adoção de uma abordagem mais prudente para crescimento e fusões e aquisições (M&A), além de uma postura mais conservadora em relação à alocação de capital, pode beneficiar os papéis da companhia.

“Apesar do tom cauteloso em relação ao estado dos mercados de celulose, vemos sinais de que os preços podem estar próximos de um piso e a gestão foi recentemente surpreendida pela demanda mais forte do que o esperado de fábricas de papel na China”, pontuam os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, do BTG. “O principal objetivo da Klabin continua sendo maximizar o valor para os acionistas”, complementam.

Para a Ágora Investimentos e o Bradesco BBI, os sinais transmitidos pela companhia durante o Investor Day também foram positivos. “Saudamos o foco da Klabin em controlar custos e desalavancagem nos próximos anos, o que ajudou a melhorar a tese de investimento da firma recentemente. No entanto, mantemos nossa abordagem seletiva para o setor de papel e celulose, preferindo as ações da Suzano (SUZB3) às da Klabin”, pontuam Renato Chanes, da Ágora, e Rafael Barcellos, do BBI. As casas têm recomendação neutra para KLBN11, com preço-alvo de R$ 25.

Klabin anuncia JCP

A firma também comunicou nesta quarta-feira que irá pagar R$ 258 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) aos seus acionistas, relativos ao exercício de 2024. O valor corresponde a R$ 0,04243910304 por ação ordinária e preferencial e R$ 0,21219551520 por unit.

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O pagamento será realizado pela Klabin em 12 de março de 2025 com base na posição acionária de 16 de dezembro de 2024. Com isso, as ações passarão a ser negociadas “ex-JCP” (sem direito aos proventos) a partir do dia 17 de dezembro.

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Autor: Beatriz Rocha

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