2% ao mês: gestora lança ETF de Bitcoin que paga dividendos; entenda como funciona
Até para quem ainda não investe, tem sido difícil ignorar o Bitcoin — que, somente neste ano, subiu quase 130%, e já ultrapassa a barreira dos US$ 100 mil. Tendo este cenário como pano de fundo, a Buena Vista Capital disponibiliza na B3 (B3SA3), a partir desta sexta-feira (13), o COIN11, primeiro ETF com renda mensal atrelada à criptomoeda no Brasil. A gestora ainda lançou outro fundo de índice, o IWMI11, também com proventos mensais, que replica as principais small caps americanas.
Ao InfoMoney, Renato Nobile, gestor e analista da Buena Vista Capital, explica que a remuneração do ETF de Bitcoin não se dará por meio do staking, prática observada em criptomoedas como o Ethereum e a Solana, mas com dividendos sintéticos. Para isso, o fundo vai apostar em operações de covered call. Trata-se de uma estratégia de venda coberta de opções de compra, na qual o investidor tem posição comprada em um ativo, e deve vender opções sobre o mesmo papel para gerar renda.
“Quando ocorre o lançamento dessa opção de compra sobre o índice, o produto que você tem está protegendo a posição comprada e recebe um ‘prêmio’. Muitos investidores usam para proteção, nós usamos para o pagamento de dividendos.”
Nobile aponta que a proporção do prêmio está ligada, entre outros fatores, à volatilidade do ativo. “No Bitcoin é uma variação alta. Atualmente, a volatilidade está em 60%, proporcionando um prêmio alto. Nosso objetivo é fazer com que o COIN11 pague entre 2% e 2,4% de dividendos por mês”, acrescenta, reforçando que por ano a meta é chegar a 24%. O ativo seguirá o índice americano NEOS Bitcoin High Income Index (BTCI), da Neos Funds, lançado em outubro, que tem entregado 2,3% por mês aos investidores.
Mas, por ser um ETF de renda variável, o investimento pode implicar riscos específicos, fazendo com que o rendimento e até os dividendos não sejam previsíveis. Inclusive, o próprio mercado de criptomoedas é bastante volátil. Por isso, a recomendação dos analistas é diversificar os ativos, além de investir aquele dinheiro que não comprometa o orçamento.
ETF das small caps americanas
Outro índice seguindo um ETF da Neos Funds, é o IWMI11, que vai replicar o NEOS Russell 2000 High Income, focado nas small caps americanas. Nela, estão as principais firmas com pequena capitalização de mercado nos Estados Unidos, entre US$ 300 milhões e US$ 2 bilhões.
Muito se lembra das Big Techs ao se falar em exposição às companhias americanas, mas o gestor da Buena Vista aponta que muita coisa mudou por lá desde que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deu início ao corte na taxa de juros. “Agora, todos os setores estão subindo. Além disso, a queda dos juros favorece as small caps, e os investidores podem capturar essa opção de ganho para os próximos anos.”
O ETF IWMI11 conta com duas mil firmas ligadas a segmentos como monetário, saúde, tecnologia e consumo. Nele, estão nomes como Udemy,cc, Krispy Kreme, Shake Shack, Coursera, Victoria ‘s Secret, GoPro, AMC, entre outras.
De olho nas tendências globais
Junto a esses dois lançamentos, a Buena Vista tem em seu portfólio os ETFs SPYI11, focado nas 500 maiores firmas americanas, e o QQQI11, que investe nas companhias que compõem o índice Nasdaq-100. “O brasileiro olha muito para o mercado local e, muitas vezes, perde oportunidades que estão lá fora. Os ETFs são uma forma prática e eficiente de diversificação de carteiras”, diz Nobile.
A gestora tem mais de R$ 270 milhões de patrimônio sob gestão, com mais de 15 mil cotistas em seus produtos. “Nossos fundos são muito democráticos: com cotas a partir de R$ 100, nossos investidores têm os mais variados perfis de renda.”
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Autor: Janize Colaço