IA é vista como necessidade para 95% das empresas, mas adoção ainda é superficial
Embora a Inteligência Artificial seja vista como essencial para as operações em 95% das firmas, apenas 14% estão tratando o tema de forma adequada. Esta é a conclusão do Estudo sobre Inovação e Inteligência Artificial Aplicada para mapear o índice de transformação digital (DXi) das firmas brasileiras.
O levantamento envolveu 200 companhias de diversos setores que, juntas, faturam mais de R$ 700 bilhões, e foi realizado pela Fundação Dom Cabral, uma das principais escolas de negócios do país, em parceria com a Meta, firma de tecnologia e inovação, cuja história já foi tema de um episódio do Do Zero ao Topo, o videocast do InfoMoney que conta histórias de homens e mulheres por trás das maiores firmas do Brasil.
De acordo com a pesquisa, embora vista como crucial, a grande maioria das organizações ainda está em fase de descoberta da tecnologia, sem uma definição de direção, objetivos ou orçamento estabelecido para projetos prioritários de IA.
O estudo mostra ainda que a IA deixa de ser vista apenas como uma vantagem competitiva e passa a ser considerada necessidade estratégica para as firmas, com foco na eficiência e nos ganhos de curto prazo. E revela que companhias brasileiras têm se concentrado no uso de soluções de IA básicas voltadas para a interação com o consumidor.
Usos e obstáculos
Entre os respondentes, 70% afirmam que utilizam chatbots para simplificar, suportar e automatizar tarefas; 62% usam IA para análise preditiva, com foco na previsão de demandas, otimização de operações e melhoria de processos decisórios; e 38% trabalham com desenvolvimento de agentes de IA para aprimorar a automação de tarefas e suporte em processos mais complexos.
Já os principais obstáculos apontados para implementação de IA apontados foram: a falta de conhecimento especializado (48%), o custo considerado alto (17%) e a preocupação com a integração desta tecnologia com outros sistemas já usados no dia a dia das firmas (15%).
Para Telmo Costa, CEO da Meta, o resultado gerado pelo uso de IA orientada a objetivos claros de negócios e através de uma abordagem estruturada, tornou-se uma prioridade nas firmas. “No centro dessa revolução existe a necessidade de as firmas evoluírem nas relações com clientes, equipes, parceiros de negócios e a sociedade de forma cada vez mais relevante”, explica Costa.
Aplicações simples
Para Hugo Tadeu, professor e diretor do Núcelo de Inovação e Tecnologias Digitais da FDC, a análise do estudo traz importantes pistas sobre como as organizações brasileiras adotam a IA.
“O foco está na agenda operacional, na busca por resultados imediatos e devido ao custo de capital em fazer negócios no Brasil”, afirma. De acordo com o professor, muito além do entendimento sobre o hype tecnológico, é importante aplicar as tecnologias digitais em projetos e comprovar resultados para que a alta liderança entenda a aplicação desta agenda. “Neste sentido, a importância das equipes de tecnologia adotarem soluções simples, viáveis e alinhadas ao planejamento estratégico seria absolutamente determinante para o sucesso da IA”, afirma Tadeu.
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Autor: Mariana Amaro