Mercado financeiro hoje: inflação do IGP-10 e mais 3 assuntos que você precisa saber para espantar o ar azar nesta sexta-feira 13
A agenda econômica desta sexta-feira (13) traz os Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) de outubro. As articulações políticas para votação das medidas fiscais, Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA) antes do recesso parlamentar ficam no radar do mercado monetário hoje. Nos EUA, há a previsão do relatório de poços de petróleo em operação no país.
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Ainda na agenda econômica hoje, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulga o Prisma Fiscal (coleta de expectativas de mercado). O Banco Central (BC) oferta até 15 mil contratos de swap (derivativo monetário que promove simultaneamente a troca de taxas com o objetivo de proteger o investidor contra variações excessivas), de US$ 750 milhões, em início da rolagem do vencimento de fevereiro.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com o CEO do Itaú (ITUB3; ITUB4) , Milton Maluhy Filho. A saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em foco.
Confira os 4 assuntos que movimentam o mercado monetário hoje
Bolsas internacionais
As bolsas da Europa sobem, com Frankfurt renovando recorde histórico após o Banco Central Europeu (BCE) cortar juros e sugerir novas reduções.
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A libra e os juros dos títulos públicos britânicos, os Gilts, caem devido à contração inesperada na produção industrial e no Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, o que pode levar a cortes de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE) na próxima semana. O iene é afetado por rumores de que o Banco do Japão manterá os juros em 19 de dezembro.
Na China, o rendimento dos títulos de 30 anos caiu abaixo de 2%, refletindo expectativas de política monetária mais frouxa, mas as bolsas caíram 2% com a falta de detalhes sobre os estímulos econômicos.
Em Nova York, os índices futuros sobem, os juros dos Treasuries (títulos da dívida americana) estão divergentes e o dólar estende ganhos, após o susto com a inflação no atacado dos EUA na quinta-feira (12).
Analistas esperam um corte de 25 pontos-base de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na próxima semana, mas com possíveis pausas nas reduções em 2025.
IGP-10
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 subiu 1,14% em dezembro, após a alta de 1,45% em novembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas do Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 0,90% e 1,30%, com mediana positiva de 1,08%. Com o resultado, o IGP-10 acumulou um aumento de 6,61% no ano de 2024.
Commodities
As commodities operam em direções contrárias esta manhã. O minério de ferro fechou em queda de 1,12% em Dalian, na China. Já o petróleo avança em torno de 1,20% e caminha para computar a primeira semana de ganhos desde o final de novembro.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de firmas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 0,11% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h10 (de Brasília). Enquanto isso, os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) perdiam 2,31%.
Mercado brasileiro
O desempenho do Ibovespa hoje pode ser contido. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação) do Brasil, tinha ligeira alta no pré-mercado em NY.
A cautela com as mudanças no pacote de corte de gastos no Congresso deve continuar pesando nos ativos monetários em meio a repercussões do IBC-BR, que deve desacelerar. A curva de juros e o dólar podem ter oscilações mais contidas com foco no noticiário fiscal.
Segundo analistas, as alterações nas medidas propostas pelo governo no Congresso reduzem sua eficácia, o prazo para votação é apertado e, mesmo com aprovação, o governo precisará de novas medidas para cumprir as metas do arcabouço fiscal.
- Selic pode chegar a 15%? Analistas atualizam projeções após “choque” do Copom
Eles afirmam que as contas públicas fragilizadas não permitem que os prêmios de risco cedam, o que levou também o Comitê de Política Monetária (Copom) a contratar mais duas altas de 1 pp da Selic no início do próximo ano, e que segue no radar do mercado monetário hoje.
* Com informações do Broadcast
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo