Bolsas da Europa: Moody’s vê piora nas contas públicas da França e rebaixa o país, enquanto indústria da zona do euro patina
Boa parte das principais bolsas europeias hoje apresenta sinal negativo, com pressão mais firme em Paris, após a Moody’s rebaixar o rating (avaliação de risco de calote) da França. Uma bateria de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) na região fica no radar, no começo de uma semana que será marcada por decisões de juros de Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e Banco da Inglaterra (BoE).
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Por volta das 07h30 (de Brasília), o índice Stoxx 600 caía 0,28%, a 515,02 pontos.
A Moody’s citou expectativa por piora nos fundamentos das contas públicas francesas, em meio ao impasse na aprovação do orçamento do ano que vem. O imbróglio derrubou o agora ex-primeiro-ministro Michel Barnier, que foi substituído pelo centrista François Bayrou.
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A incerteza impulsiona o rendimento do título público da dívida de 10 anos, o OAT, e amplia o spread (diferença de preço entre compra e venda) com o equivalente da Alemanha. Na maior economia do continente, aliás, o chanceler alemão, Olaf Scholz, enfrentará um voto de confiança no Parlamento nesta segunda-feira (16), que abrirá caminho para eleições em fevereiro.
Além do noticiário político, investidores absorvem também a sequência de PMIs que mostrou um quadro divergente na Alemanha, na zona do euro e no Reino Unido. No geral, os dados indicaram surpreendente força no setor de serviços, mas a indústria permaneceu em território de contração nas leituras preliminares de dezembro.
Os dados pavimentam o caminho para uma semana movimentada de decisões monetárias no exterior. O Fed deve cortar juros em 25 pontos-base na quarta-feira, enquanto o Banco da Inglaterra provavelmente deixará a taxa básica inalterada na quinta-feira (19), conforme expectativa de economistas.
No começo da manhã (de Brasília), entre as principais bolsas europeias hoje, a de Paris caía 0,58% e Londres perdia 0,26%. Frankfurt cedia 0,27%, sob peso de Porsche (-1,32%), após a montadora projetar efeito contábil negativo associado a um investimento na Volkswagen. Por outro lado, Milão subia 0,18% e Lisboa ganhava 0,26%. No câmbio, o euro subia a US$ 1,0505 e a libra, a US$ 1,2653.
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Autor: Raphael Leites