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Mercado financeiro hoje: BC faz leilão de US$ 3 bilhões para tentar conter alta do dólar; Focus e mais 3 assuntos abrem a semana

A agenda econômica desta segunda-feira (16) traz uma série de decisões de política monetária, incluindo o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e Banco da Inglaterra (BoE). A agenda nacional recebe ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Nesta segunda-feira (16), o mercado monetário hoje acompanha o boletim Focus e novo leilão de dólares do Banco Central (BC).

Ainda na agenda econômica hoje, será conhecido o índice de atividade Empire State, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) comporto dos EUA e discurso de dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Isabel Schnabel. No cenário local, sai o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB).

A ata da última reunião do Copom será conhecida na terça-feira (17), e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) na quinta-feira (19). Esta semana é também a última antes do recesso parlamentar e a expectativa é de votação do pacote de cortes de gastos até sexta-feira (20).

A decisão sobre taxas de juros do Fed, e coletiva de seu presidente, Jerome Powell, ficam no foco na quarta-feira (18). Os bancos centrais do Reino Unido (BoE), Banco do Japão (BoJ), Banco do Povo da China (PBoC) e México, anunciam suas decisões na quinta-feira (19). Rússia e Colômbia, na sexta-feira (20).

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Nos próximos dias, são esperados os índices de sentimento das firmas e das expectativas econômicas da Alemanha, além de vendas no varejo, produção industrial e confiança das construtoras dos EUA na terça-feira (17).

Na quarta-feira (18), tem Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e vendas no varejo do Reino Unido, CPI da zona do euro, construções de moradias iniciadas dos EUA. Na quinta-feira (19), tem PIB dos EUA do terceiro trimestre e pedidos de auxílio-desemprego.

A sexta-feira é dia de vendas no varejo do Reino Unido, índice de preços de gastos com consumo (PCE) e sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.

Confira os 5 destaques do mercado monetário hoje

Bolsas internacionais

As principais bolsas da Europa operam em baixa após a França ter tido seu rating (nota de crédito) soberano rebaixado pela Moody’s na sexta-feira (13). O movimento, no entanto, é limitado por índices de gerentes de compras (PMIs) melhores no Reino Unido, zona do euro e Alemanha. A libra acelerou alta ante o dólar após o PMI britânico.

Na Ásia, as bolsas caíram após a decepção com as vendas no varejo na China, que ofuscou a surpresa positiva com a produção industrial e aos sinais de melhora no mercado de imóveis.

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Investidores esperam que o Fed corte os juros em 25 pontos-base, mas que o BoE mantenha as taxas. A presidente do BCE, Christine Lagarde, reforçou nesta segunda-feira a expectativa por contínuo relaxamento monetário ao longo do ano que vem, em meio à crescente confiança de que a inflação caminha para se acomodar na meta de 2% na zona do euro.

bitcoin voltou a renovar recorde histórico nas últimas horas, acima de US$ 106 mil, enquanto o mercado segue confiante de que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, levará ao governo americano uma postura mais favorável às criptomoedas – leia mais aqui.

Leilão de dólares

O BC realizará, nesta segunda-feira, novo leilão de dólares em uma oferta total de US$ 3 bilhões, a partir de 10h20. A autoridade monetária provavelmente identificou redução da liquidez e necessidade de prover moeda para operações típicas de fim de ano, como remessas de dividendos pelas firmas com matriz no exterior. “O leilão afeta basicamente o cupom cambial, não a taxa de câmbio, pois não altera a exposição em dólares do mercado“, afirma o estrategista-chefe da Warren Investimentos, Sérgio Goldenstein.

Boletim Focus

boletim Focus renovou as apostas, nesta segunda-feira (16), para os principais indicadores da economia, como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e Selic.

O IPCA 2024 subiu de 4,84% para 4,89%, mantendo-se acima da meta. A mediana do relatório para 2025 foi de 4,59% para 4,60%. Para 2026, permaneceu em 4,00%. Já em 2027, foi de 3,58% para 3,66%.

A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central terá descumprido o alvo.

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Enquanto isso, para a taxa básica de juros, a mediana do boletim Focus foi de 13,50% para 14% em 2025, seguindo o ritmo de crescimento mostrado pelo Copom na última decisão de juros, em 11 de dezembro. No fim de 2026, as previsões subiram de 11,00% para 11,25%. Para 2027, permaneceu em 11,00%.

Commodities

As commodities exibem sinais contrários nesta manhã. O minério de ferro fechou em alta de 0,50% nos mercados de Dalian, na China. Enquanto isso, o petróleo opera no negativo, caindo 1,70% (WTI) e 1,00% (Brent).

As American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de firmas não americanas) da Vale (VALE3) mostravam pouco fôlego no pré-mercado de Nova York, operando em estabilidade próximo às 8h25 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) caíam 0,37% no mesmo horário.

Mercado brasileiro

O desempenho do Ibovespa hoje pode ser positivo. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação) do Brasil, tinha alta no pré-mercado em NY.

Os mercados domésticos começam a semana com a notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve alta no domingo (15) e ficará em sua casa em São Paulo pelo menos até quinta-feira (19), antes de retornar a Brasília, além de digerir comentários do presidente – leia mais aqui.

Lula reforçou as críticas ao atual patamar da Selic em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo. Para o presidente, não há justificativa para que a Selic esteja neste nível (12,25%), já que, segundo ele, a inflação segue “totalmente controlada”. “A irresponsabilidade é de quem aumenta a taxa de juros e não do governo federal, mas vamos cuidar disso”,* complementou.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse a última sessão do Congresso será no dia 19 de dezembro, mas que é possível realizá-la no dia 20, para a votação do pacote de cortes de gastos, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA).

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“Óbvio que nós estamos hoje mantendo otimismo de que somos capazes de fazer essa apreciação a tempo, antes do recesso. Quero crer que seja o sentimento da Câmara dos Deputados e afirmo que é o sentimento do Senado”, afirmou o presidente do Senado.

Esses e outros eventos e indicadores permanecem no radar do mercado monetário hoje.

* Com informações do Broadcast

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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