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Samarco quer investir mais de US$ 1bi para retomar capacidade produtiva em Mariana

Sede da mineradora Samarco, em Mariana (MG)
11/11/2015
REUTERS/Ricardo Moraes

A Samarco Mineração espera investir mais de US$ 1 bilhão para retornar suas operações de minério de ferro à capacidade máxima até janeiro de 2028 — mais de 12 anos após a operação ter sido paralisada pela primeira vez após um desastre fatal em uma barragem de rejeitos de mineração.

É o que dizem alguns dos principais executivos da firma, incluindo o CEO Rodrigo Vilela. O orçamento exato será confirmado no ano que vem. A produtora é uma joint venture entre a Vale e o Grupo BHP. Ela paralisou a produção pela primeira vez em novembro de 2015 após o rompimento da barragem e só começou a retomar as operações cinco anos depois.

Desde então, a Samarco gastou cerca de US$ 260 milhões para reiniciar a instalação, que fica na cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais. Na segunda-feira (16), o local atingiu o marco de 60% da capacidade de volta. A firma está reiniciando hoje uma segunda unidade de concentração e uma nova planta de filtragem de rejeitos.

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No início deste ano, a Vale e a BHP assinaram um acordo de R$ 170 bilhões com o governo brasileiro sobre o rompimento fatal da barragem. Foi o maior acordo desse tipo no mundo, de acordo com o advogado-geral da União. Quando a barragem de rejeitos rompeu, liberou uma torrente de resíduos que matou 19 pessoas e contaminou cursos d’água em Minas Gerais e no Espírito Santo. As consequências do desastre pairam sobre ambas as firmas há anos, mas o acordo ajudou a remover uma pendência legal significativa.

A Samarco espera produzir 15 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro em 2025, retornando ao top 3 do ranking de exportadores globais do insumo, ao lado da LKAB e a maior produtora, Vale. Isso se compararia com aproximadamente 9 milhões de toneladas neste ano, com a produção enviada para siderúrgicas no Japão, Europa, Oriente Médio e Américas.

A firma também está trabalhando para eliminar a barragem de Germano em 2026, a última no complexo de mineração, disse Vilela. a ‘descaracterização’ estava originalmente programada para 2029. O plano de US$ 580 milhões trará mais segurança à operação, onde os rejeitos agora são filtrados e empilhados a seco.

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Vilela disse que o primeiro trimestre de 2025 será “sem dúvida” mais desafiador para os preços do minério de ferro do que o atual. A desaceleração da economia chinesa e margens mais apertadas levaram a uma redução nos prêmios que os clientes pagam por pelotas de maior qualidade. A estratégia da Samarco para manter a participação de mercado é melhorar a eficiência e reduzir custos, ao mesmo tempo em que tem flexibilidade para se adaptar às demandas de produtos das siderúrgicas.

A Samarco, que está em recuperação judicial, viu sua receita líquida cair 20% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior, impulsionada pelos menores preços do minério de ferro e vendas mais fracas de pelotas.

Apesar do cenário desafiador, o diretor monetário Gustavo Selayzim não vê risco para a contribuição da firma ao acordo firmado com o Brasil. A firma gerou “um superávit de caixa de mais de US$ 2 bilhões” desde que as operações foram retomadas, disse ele.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Bloomberg

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