GPA (PCAR3): em meio à volatilidade das ações, fusão com rede Dia faria sentido?

Em meio a um intenso fluxo de notícias nos últimos dias sobre uma potencial fusão entre o GPA (PCAR3) e o Dia, após relatos de que o empresário Nelson Tanure deve assumir o controle da rede de supermercados após seu processo de recuperação judicial, o JPMorgan avalia que, do ponto de vista operacional, a fusão faria sentido.

Isso porque, segundo o banco, o Dia possui cerca de 250 lojas que poderiam ser rapidamente convertidas para o formato Minuto Pão de Açúcar, uma vez que a maioria delas está localizada no estado de São Paulo (principal mercado do GPA) e geralmente bem posicionadas em bairros — uma característica típica das unidades Minuto.

Às 14h11 (horário de Brasília), a ação PCAR3 caía 8,39%, a R$ 2,51, em um período recente de forte volatilidade, com queda de 11% na quinta e fortes altas de quase 5% na sexta e de mais de 15% na terça.

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As conversas ainda seriam “superficiais” e envolveriam uma demonstração de intenções; Tanure já comprou cerca de 9% das ações do GPA no mercado

Além disso, essa potencial fusão reduziria os riscos do plano de expansão do GPA, que é amplamente baseado na abertura de unidades Minuto, em um contexto em que o endividamento permanece elevado e as taxas de juros são restritivas.

Com ações negociando a 5 vezes EV/Ebitda (Valor da Firma/lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2025, o JPMorgan mantém recomendação neutra.

Breve histórico

Recentemente, Nelson Tanure comprou aproximadamente 9% das ações do GPA no mercado e está considerando adquirir papéis adicionais do Casino, segundo reportagem da Reuters. Mas ainda não está claro se ele tentará comprar toda a participação de 22,5% do Casino no GPA ou apenas uma parte dela.

O francês Casino, outrora controlador do GPA, já afirmou à Reuters que não considera mais a firma um investimento estratégico e que está aberto a vender sua fatia no negócio.

Olhando para o futuro, Tanure está considerando propor uma fusão entre a Dia e o GPA, dependendo da aprovação regulatória, acrescentou a fonte. A proposta da fusão foi inicialmente veículada pelo jornal Valor Econômico.

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