Por que a Economist escolheu Bangladesh como o “país do ano” em 2024
Bangladesh, país localizado no sul da Ásia, foi reconhecido como o “país do ano” em 2024 pela revista The Economist, uma escolha baseada na derrubada do regime autocrático que havia se perpetuado por 15 anos sob o governo de Sheikh Hasina.
A revista britânica destaca que “em agosto, protestos liderados por estudantes forçaram a saída de Hasina”, que, embora tenha sido uma figura central no crescimento econômico do país, se tornou cada vez mais repressiva, manipulando eleições e perseguindo opositores.
A Economist também observa que “Bangladesh tem uma história de violência vingativa quando o poder muda de mãos”, mas a transição atual parece promissora.
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Um governo tecnocrático temporário, liderado por Muhammad Yunus, um prêmio Nobel da Paz, assumiu o poder com o apoio de amplos setores da sociedade, incluindo estudantes, militares e empresários, restaurando a ordem e estabilizando a economia após um período conturbado.
A decisão de premiar Bangladesh também se destaca pelo contexto global. Em um ano em que outros países enfrentaram desafios significativos em suas jornadas democráticas, Bangladesh conseguiu se destacar ao “tomar medidas em direção a um governo mais liberal”.
A Economist ressalta que, apesar dos riscos, como o extremismo islâmico e a corrupção no partido de oposição, “a transição tem sido encorajadora”, o que demonstra a resiliência e a determinação da população em buscar mudanças.
Entretanto, a revista não ignora os desafios que ainda permanecem para o país de 151 milhões de habitantes. O novo governo terá que lidar com questões complexas, como a reparação das relações com a Índia e a organização de eleições justas.
“Em 2025, será crucial garantir que os tribunais sejam neutros e que a oposição tenha tempo para se organizar”, destaca a Economist, que vê esses passos como essenciais para assegurar que a democracia se consolide e que o país evite retrocessos.
A Economist também destaca o ano da Argentina e a “terapia de choque” de Milei na economia. As medidas resultaram na redução da inflação e dos custos de empréstimos, além de um crescimento econômico no terceiro trimestre.
A revista, porém destaca que o país ainda enfrenta o desafio de uma moeda sobrevalorizada, e o apoio público para essa terapia de choque pode não ser sustentável a longo prazo.
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Autor: Gabriel