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O que a organização da ceia de Natal nos ensina sobre educação financeira?

Faltam três dias para a véspera de Natal, data em que as famílias brasileiras costumam se reunir para a ceia. Ao longo desta semana, muitas pessoas me perguntaram sobre como economizar na produção dos pratos, que geralmente incluem carnes nobres e receitas complexas, com ingredientes caros. Isso me fez pensar que a organização da ceia de Natal pode nos ensinar lições que deveriam ser seguidas o ano todo.

A ceia de natal geralmente começa com uma lista de pessoas que participarão do evento e, então, uma lista de alimentos que deve atender à quantidade de pessoas e aos variados gostos – sempre tem os que amam e os que não gostam de uva passa, os vegetarianos, os que não comem salpicão e por aí em diante. Parece uma tarefa simples, mas exige planejamento, gestão, análise e equilíbrio.

Assim como no planejamento monetário, na ceia, é preciso adequar as expectativas à realidade e encontrar formas de atender ao máximo o desejo de todos, sem fugir do orçamento e da capacidade de trabalho de cada um. Cada pessoa deve escolher o que vai cozinhar e levar de acordo com as suas habilidades e condições financeiras e de tempo. Doces, salgados, bebidas, cada item tem sua peculiaridade e demanda.

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Também é necessário diálogo entre os familiares, buscando entender qual a melhor forma como cada um pode colaborar e expondo quando alguém fica sobrecarregado. Mais do que definir os pratos, é importante definir funções invisíveis de maneira justa. Se as mulheres da família cozinham, os homens podem organizar e limpar o evento, por exemplo. Todos devem participar – assim como na gestão financeira familiar.

Após a lista e a divisão dos pratos natalinos, vêm os preparativos. Supondo que uma pessoa precisa fazer uma lasanha, ela deverá cumprir algumas etapas: procurar uma boa receita, fazer a lista de ingredientes necessários (veja, já é a terceira lista, após a de convidados e a de pratos da ceia), ir até o mercado, até o açougue, separar os ingredientes, montar a lasanha, colocá-la no forno e então servi-la.

Bastante coisa, né? Mas geralmente, esses passos acontecem de forma automática, sem que percebamos o faseamento e o trabalho empenhado. É justamente essa sensação que eu espero que pessoas financeiramente educadas tenham ao fazer planejamento monetário – infelizmente, no nosso País, esse tipo de organização não é tão intrínseco culturalmente quando a produção de refeições e festividades.

O primeiro passo para tomar as rédeas do seu dinheiro é se dar conta do processo que envolve a educação financeira. E utilizar datas festivas e atividades comuns à pessoa é o melhor caminho para isso. Se você pode fazer uma lista de pratos para ser dividida pela família, com certeza também pode fazer uma lista de ganhos e gastos do seu dinheiro e definir prioridades.

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Vamos colocar em prática em 2025? Crie a sua lista de desejos e metas, a sua lista de gastos e a sua lista de ganhos. Depois, faça com que as três tenham sinergia entre si. O resultado será uma ceia de Natal cheia de sonhos realizados e tranquilidade que só uma conta “no azul” pode proporcionar. Boas festas!

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: E-Investidor

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