O Banco Central da Argentina vendeu na quinta-feira (26) o maior volume de reservas estrangeiras em um dia desde outubro de 2019, depois que autoridades eliminaram um imposto importante sobre importações. Isso impulsionou a demanda corporativa por dólares.
O país vendeu US$ 599 milhões em reservas cambiais, disseram autoridades monetárias em uma publicação no X. A maior parte das vendas foi feita para atender às necessidades da indústria automotiva argentina, que paga seus fornecedores no exterior em dólares, acrescentou um porta-voz do banco central.
A venda expõe algumas falhas na campanha do presidente Javier Milei para reconstruir o cofre de guerra de reservas estrangeiras do país, que são essenciais para eventualmente suspender os controles de capital e moeda no ano que vem. O fundo é dinheiro que eles mal podem se dar ao luxo de perder, com os pagamentos de títulos internacionais previstos para saltar para cerca de US$ 9 bilhões em 2025, metade dos quais vencem em janeiro.
LEIA MAIS: Governo da Argentina avança com medidas para acelerar dolarização
Os dirigentes do banco central acrescentaram que estão buscando uma política cambial mais flexível em 2025. Em um comunicado separado e enviado por e-mail, eles dizem que estão interessados em ajustar o ritmo da queda do peso, em uma política conhecida como “crawling peg”, se a inflação mensal esfriar ainda mais.
As autoridades também disseram que um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional ou financiamento privado poderiam ajudar a acelerar a remoção de controles de capital e moeda, mas o relatório não forneceu um cronograma mais específico sobre mudanças de política além do ano que vem.
LEIA MAIS: Os argentinos não amam mais o dólar, graças a Milei
O peso que é negociado no mercado paralelo da Argentina, conhecido como blue-chip swap, caiu na quinta-feira em cerca de 1,6% para 1.193 pesos por dólar.
O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim deixaremos mais pessoas por dentro do mundo das finanças, economia e investimentos!
Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Bloomberg
