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Milei recebe Edmundo González, opositor de Maduro, diante de multidão na Argentina

Milei recebe Edmundo González, opositor de Maduro, diante de multidão na Argentina

O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que reivindica sua vitória eleitoral sobre Nicolás Maduro em 2024, se reuniu neste sábado (4) com o presidente da Argentina, Javier Milei, na Casa Rosada, e foi ovacionado por refugiados venezuelanos que lotaram a Plaza de Mayo.

Milei declarou publicamente apoio a González, chamando-o de “presidente eleito” e destacando que “está fazendo o que a defesa da liberdade exige, nem mais, nem menos”.

González pretende se reunir nos próximos dias com líderes de direita do continente para reunir apoio para sua tentativa de retornar à Venezuela para a posse do novo mandato presidencial, marcado para 10 de janeiro.

Após o encontro com Milei, González Urrutia viajará a Montevidéu para se reunir com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, e com o chanceler, Omar Paganini. O Brasil não está entre os destinos de sua viagem, em uma estratégia de priorizar países com maior alinhamento ao seu discurso de oposição ao governo de Maduro.

Cidadãos venezuelanos que vivem na Argentina se reúnem na Plaza de Mayo, em frente ao palácio presidencial Casa Rosada, para receber o líder da oposição venezuelana Edmundo Gonzalez, que visita o presidente da Argentina, Javier Milei, em Buenos Aires, Argentina, 4 de janeiro de 2025. REUTERS/Mariana Nedelcu

Posse de Maduro

O ditador Nicolás Maduro deve tomar posse para um terceiro mandato na semana que vem depois de ter se declarado vencedor da eleição em julho, em meio a diversas suspeitas de fraude. Diversos países, entre eles o Brasil, não reconhecem o resultado da eleição. O Brasil, no entanto, será representado na solenidade pela embaixadora Glivânia Maria de Oliveira.

A visita de González ocorre enquanto autoridades venezuelanas oferecem uma recompensa de 100 mil dólares (cerca de R$ 620 mil na cotação atual) por informações que levem à sua prisão e em meio à escalada da tensão entre os países após a prisão de um militar argentino na Venezuela. González exilou-se na Espanha em setembro e prometeu retornar a seu país para “tomar posse” no lugar de Maduro.

A reunião na tarde de sábado na Torre Executiva (sede da Presidência), segundo fontes do governo, será um “sinal de apoio” às reivindicações do opositor venezuelano sobre os resultados eleitorais em seu país.

Asilo político

Em 20 de dezembro, a Espanha concedeu asilo político a González Urrutia, acusado pelo Ministério Público venezuelano de “conspiração” e “associação criminosa”. Ele se exilou em Madri em 8 de setembro.

As autoridades eleitorais venezuelanas proclamaram Maduro reeleito a um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), sem divulgar detalhes da contagem de votos. A oposição denuncia uma fraude e reivindica a vitória de González Urrutia amparada em atas eleitorais publicadas na internet.

A Argentina não reconhece a reeleição de Maduro, assim como Estados Unidos, União Europeia e vários países latino-americanos.

Sua proclamação gerou protestos que deixaram 28 mortos e cerca de 200 feridos, além de 2.400 detidos. Três detidos morreram na prisão e quase 1.400 foram soltos sob liberdade condicional.

Maduro se prepara para tomar posse com o apoio das Forças Armadas, cujo alto comando lhe declarou “lealdade absoluta”.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, reuniram-se com Urrutia em setembro e outubro. Em dezembro, o Parlamento Europeu concedeu o Prêmio Sakharov a ele e à líder da oposição Maria Corina Machado por seus “esforços para restaurar a liberdade e a democracia” na Venezuela.

Militar detido

A Chancelaria argentina anunciou na quinta-feira que denunciou a Venezuela ao Tribunal Penal Internacional (TPI) pela “prisão arbitrária e desaparecimento forçado” do militar Nahuel Gallo, de 33 anos, em 8 de dezembro por “terrorismo”. Também pediu medidas cautelares a favor de Gallo à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

O chanceler venezuelano, Yván Gil, criticou a denúncia ao TPI como um “espetáculo lamentável”.

A relação diplomática entre Milei e Maduro já estava tensa, mas ruiu completamente após o resultado eleitoral não ter sido reconhecido.

A embaixada argentina em Caracas – sob custódia do Brasil – abriga desde março seis colaboradores de Machado, acusados de “terrorismo”. Um deles renunciou ao asilo em 20 de dezembro, deixou a legação e se entregou às autoridades. Os cinco restantes aguardam um salvo-conduto para deixar o país. 

(Com Estadão Conteúdo)

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Autor: Paulo Barros

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