Bitcoin cai mais de 3% após mercado de trabalho dos EUA desafiar cortes de juros
O bitcoin (BTC) em dólar inicia a semana no campo negativo e fica cada vez mais próximo de voltar ao patamar dos US$ 80 mil. Por volta das 8h25 (horário de Brasília), a principal criptomoeda do mercado sofria uma desvalorização de 3,17%, sendo negociada a US$ 91,5 mil. Esse pessimismo em torno do BTC ainda se deve ao cenário macroeconômico após a divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos na última semana.
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Na sexta-feira (10), os dados do relatório oficial de empregos (payroll) do mercado americano reduziram as apostas de queda de juros ao longo do ano. Isso porque a economia americana criou 256 mil empregos em dezembro, enquanto as expectativas do mercado eram de algo em torno de 120 mil a 200 mil vagas. Com o aumento do número de postos de trabalho, o risco de uma aceleração na inflação pode aumentar no país.
“Mostraram que o mercado de trabalho norte-americano está mais forte do que o “ideal” para novos cortes de juros”, afirma João Canhada, CEO do grupo Foxbit. Já na ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) divulgada na tarde de quarta-feira (8), a autoridade monetária demonstrou cautela sobre a condução da política monetária, especialmente neste momento de troca de governo.
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“Um mercado de trabalho robusto pode levar a decisões mais rígidas por parte do Fed, o que impacta diretamente o apetite dos investidores por ativos de risco, como o Bitcoin”, diz Julian Colombo, diretor sênior de políticas públicas para a América do Sul da Bitso.
Vale lembrar que, assim como ocorre com o mercado acionário, os juros em patamares elevados costumam ser prejudiciais para as criptomoedas. Isso porque o fluxo de capital dos investidores costuma ir em direção aos títulos públicos em períodos de juros elevados devido ao baixo risco e rentabilidade atrativa. No acumulado do ano, o bitcoin (BTC) em dólar apresenta uma desvalorização de 2,63%.
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Autor: Daniel Rocha