Ações, ouro, FIIs: especialistas destacam importância da diversificação em 2025
Não é segredo que a renda fixa é a classe queridinha dos investidores para as alocações neste início de ano. Mas outros instrumentos, como ações brasileiras e dos Estados Unidos, criptomoedas, commodities e fundos imobiliários também reservam oportunidades aos que fazem alocações estratégicas.
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É o que Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, e Ana Paula Milanez, sócia e assessora de investimentos da Guelt Investimentos, destacaram em painel no segundo dia do Onde Investir 2025, evento promovido pelo InfoMoney ao longo desta semana.
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Pós-fixados no topo
Até mesmo dentro da renda fixa é importante não colocar todos os ovos na mesma cesta, alertam. Nos títulos públicos, os pós-fixados devem ter o maior peso nas carteiras, já que acompanham a taxa Selic, atualmente em 12,25% e subindo. Eles também elogiam os papéis do Tesouro IPCA+, que atrela os rendimentos à inflação: “é sempre interessante, principalmente para o longo prazo”, diz Milanez.
Ainda na renda fixa, os investidores que aceitam aumentar o nível de risco em troca de mais rentabilidade podem investir no crédito privado via fundos que investem em debêntures ou alocação direta. Nesse caso, Ferreira recomenda cautela porque houve queda dos prêmios na classe em 2024 que “gera expectativa de retorno futuro similar ou até abaixo do CDI”.
A dica é não olhar apenas para as taxas ao comprar uma debênture, nem analisar apenas a rentabilidade passada ao entrar em um fundo de investimento. “É preciso olhar para a qualidade do crédito que está comprando”.
Ações ainda valem a pena?
O Ibovespa caiu 10,4% em 2024 e acumula rentabilidade negativa nos primeiros pregões de 2025. Mesmo assim, a XP tem “projeção de valorização interessante” para o índice este ano. A casa estima preço justo do Ibovespa em 146 mil pontos. Atualmente, o índice está 119.298,67 pontos.
A recomendação do estrategista-chefe da XP é focar em papéis considerados defensivos, que estão, principalmente, nos setores monetário, elétrico, de saneamento e commodities. firmas com receita em dólar também são destacadas.
Ele diz que o Brasil tem “desafios macroeconômicos”, mas vê preços e fundamentos das firmas “favoráveis”. Após a saída massiva de recursos de estrangeiros da Bolsa, o especialista diz que “qualquer melhora, principalmente do lado macroeconômico” deve gerar “reprecificação (alta) muito rápida” da Bolsa.
“Fim de festa” na Bolsa dos EUA?
Ainda na esteira da diversificação, Ana Paula Milanez diz que “investir na Bolsa americana nunca é chegar no fim da festa”. Apesar da força da renda fixa dos EUA, com treasuries batendo os 5%, a diversificação geográfica no investimento em ações “sempre vale a pena” por “maximizar a rentabilidade das carteiras”.
A sócia da Guelt destaca que se as oportunidades não estiverem mais nas firmas de tecnologia, que vêm puxando os índices acionários americanos, outros grupos se destacarão como beneficiados no cenário atual.
Mesmo com o dólar a R$ 6, Ferreira destaca que o investimento deve sempre estar presente nas carteiras. “Investidores tinham o mesmo receio sobre o preço quando o dólar passou de R$ 4, de R$ 5. É preciso pensar forma estratégica, independentemente do cenário”. Ele lembra que investir na moeda não é apenas comprar a divisa diretamente e alocar em ativos dolarizados, como treasuries e ações, já cumpre os requisitos.
Investimentos alternativos
Provando que há oportunidades em qualquer segmento, Milanez e Ferreira, dizem que também há espaço para investimentos alternativos, como ouro, criptomoedas e commodities, nos portfólios em 2025.
Eles explicam que esses investimentos ajudam na proteção contra a inflação. Além disso, descorrelação com outras classes, como ações e renda fixa, é vantajosa para a diversificação dos portfólios, já que o Bitcoin, pode subir enquanto o S&P 500 cai, por exemplo.
Fundos imobiliários
Um dos “patinhos feios” do mercado em 2024 – o IFIX, índice de referência do setor, caiu 5,89% no ano –, os fundos que investem em ativos imobiliários também podem performar bem nas carteiras daqui para frente.
Ana Paula Milanez diz que, apesar das quedas, “ainda há bons fundos, que estão negociando abaixo do valor patrimonial e pagando bons dividendos”
diz em painel. A recomendação é tentar estimar quanto dos custos e despesas cotidianas são dolarizadas. Custos do dia a dia como combustíveis, alimentos, eletrônicos. “O percentual de alocação deveria ser o mesmo dos custos para se proteger da alta do câmbio. Supomos que seja 20%, então deveria ter 20% dos investimentos em ativos dolarizados”, diz o especialista.
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Autor: leonardogstos