Mercado financeiro hoje: CPI dos EUA, balanços corporativos e commodities impactam o Ibovespa nesta quarta-feira
O mercado monetário hoje conta com uma forte agenda para guiar os investidores, com destaque para o principal indicador de inflação americano, o índice de preços ao consumidor (CPI, da sigla em inglês). Ainda, o petróleo fica no radar com dólar fraco, por conta de persistência de tensões geopolíticas e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Os destaques do dia também se voltam à Coreia do Sul após a detenção do presidente deposto, Yoon Suk Yeol.
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Para o CPI nos EUA, o mercado aguarda confirmação de uma inflação americana mais branda após o índice de preços ao produtor (PPI) benigno e o forte payroll (dados de emprego) de dezembro. Surpresas abaixo do esperado podem fortalecer a queda do dólar, juros dos Treasuries (títulos públicos americanos) e alta das bolsas, enquanto dados aguardados podem gerar estresse.
Além disso, comentários de quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também devem modular as perspectivas para a trajetória dos juros no país. JPMorgan Chase, Wells Fargo, Goldman Sachs, Citigroup, além da BlackRock, abrem a temporada de balanços das principais firmas americanas de capital aberto.
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Na Coreia do Sul, o presidente deposto foi detido após uma operação que durou horas e reuniu centenas de investigadores e policiais no complexo residencial da presidência em Seul. Esta foi a segunda tentativa de detê-lo por causa da imposição da lei marcial no início de dezembro, que foi considerada uma tentativa de golpe. As informações são da agência estatal de notícias do país asiático, Yonhap.
O cenário doméstico monitora os dados do setor de serviços no Brasil e o resultado primário do governo central serão monitorados, bem como reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros, incluindo Fernando Haddad (Fazenda), para discutir vetos ao projeto da reforma tributária.
O que movimenta o mercado nesta quarta-feira
Bolsas internacionais têm desempenho misto com foco em política monetária
Os mercados globais hoje estão focados no CPI nos EUA, balanços corporativos e políticas expansionistas sob Donald Trump. Nesse cenário, os futuros das bolsas de Nova York sobem moderadamente.
As bolsas da Europa sobem, mas a contração do Produto Interno Bruto (PIB) alemão reforça a perspectiva de cortes de juros. Luis de Guindos, do Banco Central Europeu (BCE), disse que o foco da política monetária mudou de inflação elevada para crescimento fraco. No Reino Unido, a libra tem fôlego curto com a desaceleração inesperada da inflação, aumentando também as chances de flexibilização monetária pelo Banco da Inglaterra.
As bolsas da Ásia fecharam sem sinal único nesta quarta-feira (15), com os índices majoritariamente em baixa diante de incerteza global. Na China, a persistência de preocupações com o crescimento local e novas sanções dos EUA sobre firmas chinesas pesaram sobre as negociações. No Japão, falas do presidente do Banco do Japão (BoJ, em inglês), Kazuo Ueda, ampliaram expectativa por alta dos juros em breve, em detrimento dos mercados acionários.
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Em Seul, o índice Kospi teve queda marginal de 0,02% após a prisão de Yoon Suk Yeol e dados mostrarem aumento da taxa de desemprego ao maior nível dos últimos três anos em dezembro.
Commodities sobem, com petróleo no radar e minério de ferro valorizado
O petróleo hoje opera em alta modesta na sessão, apoiado pelo dólar fraco no exterior e diante da persistência de tensões geopolíticas na Europa e no Oriente Médio. Investidores também esperam relatórios mensais da Agência Internacional de Energia (AIE) e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para monitorar sinais sobre a oferta e demanda da commodity em escala global, além de agenda macroeconômica movimentada por indicadores e dirigentes de bancos centrais.
O contrato mais negociado do minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para maio de 2025, fechou em alta de 0,71%, cotado a 782,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 106,74.
Agenda brasileira traz dados de serviços e discussões fiscais
O alívio nos prêmios de risco dos ativos brasileiros nos últimos dois dias deve ser testado hoje com a divulgação do CPI dos EUA. Por enquanto, a queda dos retornos dos Treasuries e do dólar ante pares rivais e algumas moedas emergentes sugere alívio à abertura de juros e câmbio.
Antes, os investidores devem analisar os dados de serviços no País, que podem cair na margem devido à moderação da atividade econômica no mês, já refletida nos dados de indústria e varejo. O resultado primário do Governo Central vem com defasagem, por atraso na divulgação pela receita dos dados de arrecadação e a expectativa é de déficit primário em novembro após saldo positivo em outubro.
O Ibovespa pode se ajustar à influência positiva de NY e das commodities.
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Confira aqui mais informações sobre o mercado monetário hoje.
*Com informações do Broadcast
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo