Ibovespa futuro recua após dados econômicos do BC; balanços corporativos são destaque no exterior
O Ibovespa futuro opera em queda na manhã desta quinta-feira (15) após o Banco Central divulgar o IBC-Br de novembro, que avançou 0,10%. No exterior, as atenções são dos balanços corporativos e resultados das vendas no varejo dos Estados Unidos e a ata da última decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE). Às 9h, o índice recua 0,15% aos 123.310 pontos.
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A economia brasileira cresceu 0,10% em novembro, na comparação com outubro, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) com ajuste sazonal, divulgado há pouco. O resultado contrariou a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava queda de 0,10% para o indicador.
Na comparação com novembro de 2023, o IBC-Br cresceu 4,11% na série sem ajuste sazonal, pouco abaixo da mediana das previsões (4,30%). O índice chegou aos 150,7 pontos, o maior nível para meses de novembro na série histórica. O IBC-Br não deve mudar as apostas de duas altas de 100 pontos-base da Selic, a taxa básica de juros, nas próximas duas reuniões.
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No radar, ainda está o testemunho de Scott Bessent, indicado pelo presidente eleito Donald Trump para chefiar o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, no Senado americano, que dirá que os EUA devem proteger cadeias de suprimentos vulneráveis, impor sanções para abordar preocupações de segurança nacional e garantir que o dólar americano permaneça como a moeda de reserva do mundo, segundo a Associated Press.
O bom humor no exterior, especialmente com os balanços monetários de grandes bancos, tende a ajudar o Ibovespa, mas o movimento pode ser limitado, como pode ser visto na queda das ações da Vale e Petrobras na bolsa de valores americana, conhecidas como American Depositary Receipts (ADRs, na sigla em inglês, que são recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de firmas não americanas).
O pregão tende a ser influenciado por notícias corporativas, como o acordo entre Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) para avaliar união de negócios.
Fatores principais que movimentam o mercado nesta quinta-feira (15)
Bolsas internacionais hoje: Europa em alta e foco nos EUA
As bolsas ocidentais sobem nesta manhã, mas os futuros de Nova York perdem força após a China anunciar uma investigação sobre semicondutores dos EUA.
As bolsas da Europa operam em alta em meio a melhora no sentimento de risco global – na esteira de Wall Street – e após dados locais reiterarem expectativas de flexibilização de juros. Em destaque, a bolsa de Paris lidera ganhos, impulsionada por ações do setor de luxo, que agradam em resultados corporativos. O Banco Central Europeu (BCE) divulga hoje a ata da última decisão monetária.
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As bolsas da Ásia fecharam em alta, em meio à melhora no sentimento de risco global na esteira do bom humor em Wall Street. Contudo, as bolsas da China e do Japão seguiram limitadas por fatores locais. as bolsas chinesas, as ações de semicondutores caíram em bloco após os EUA anunciarem ontem novas restrições para exportações de chips. À noite, sai o PÌB do quarto trimestre, vendas no varejo, produção industrial e investimentos em ativos fixos de dezembro.
A libra ampliou perdas mais cedo diante da queda inesperada da produção industrial do Reino Unido. Já o iene se fortaleceu após o presidente do Banco do Japão (BoJ, em inglês), Kazuo Ueda, sinalizar a possibilidade de elevar juros na próxima semana.
Commodities: petróleo oscila e minério de ferro sobe
O petróleo oscila próximo à estabilidade, com os preços consolidando no maior nível dos últimos cinco meses, avalia o Deutsche Bank, em nota. O mercado de energia pondera sobre sinais de redução na oferta da commodity, após os estoques dos EUA caírem ao menor nível desde abril de 2022 e a Agência Internacional de Energia (AIE) alertar que as novas sanções dos EUA podem provocar interrupções no suprimento global. Os ganhos do petróleo ocorrem apesar do anúncio de cessar-fogo entre Israel e Gaza, que terá início no domingo.
O contrato mais negociado do minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para maio de 2025, fechou em alta de 1,92%, cotado a 797 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 108,71.
Mercado brasileiro hoje
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de cerimônia de sanção do projeto que regulamenta a reforma tributária.
No radar está o recuo da Receita Federal com a revogação da nova fiscalização das operações de Pix, que pode não ser benéfico para a imagem do governo, segundo especialistas ouvidos pelo Broadcast Político. Integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) veem a revogação como um erro, que só reforça o discurso sem provas do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) de que o Planalto poderia taxar o Pix.
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Confira aqui mais notícias sobre o mercado monetário hoje.
*Com informações do Broadcast
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Autor: Camila Lutfi