Com reformas de Milei, Argentina registra primeiro superávit em 14 ano
A Argentina alcançou em 2024 seu primeiro superávit em mais de uma década, anunciou nesta sexta-feira (17) o ministro da Economia, Luis Caputo. Os nossos vizinhos registraram superávit primário de 1,8% do PIB e um superávit monetário de 0,3% do PIB, o primeiro resultado positivo dessa magnitude em 14 anos e o maior em 16 anos.
O desempenho reflete o impacto das reformas econômicas lideradas pelo presidente Javier Milei, que assumiu o cargo em dezembro de 2023 com uma agenda de austeridade fiscal e estabilização macroeconômica. Desde sua posse, Milei implementou uma combinação de medidas ortodoxas e heterodoxas, incluindo cortes drásticos nos gastos públicos e subsídios, a demissão de 33 mil funcionários públicos e a suspensão de controles de preços.
Essas ações, somadas à disciplina fiscal, ajudaram a reduzir a inflação anual de 211,4% em 2023 para 117,8% em 2024. O Banco Central, por sua vez, adotou uma política de desvalorização gradual do peso para evitar choques inflacionários, enquanto busca reconstruir suas reservas cambiais.
O impacto das reformas já é visível: a economia argentina registrou crescimento de 3,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação aos três meses anteriores, as vendas no varejo se recuperaram e o risco-país caiu. Apesar de a pobreza ainda afetar cerca de 50% da população, o índice está em queda e há sinais de recuperação na renda das famílias.
As reformas econômicas, embora aplaudidas por investidores, enfrentam críticas de opositores que questionam sua sustentabilidade no longo prazo. Ainda assim, Milei segue comprometido com seu plano de transformar a Argentina em “o país mais livre do mundo”, apostando no equilíbrio fiscal e no crescimento econômico como motores para reduzir a pobreza e atrair investimentos externos.
Para 2025, o governo projeta um crescimento econômico robusto, impulsionado por investimentos e exportações em alta. O presidente Milei também planeja eliminar os controles cambiais remanescentes até o próximo ano, permitindo a livre circulação de moedas no país. “Estamos construindo o caminho para que a Argentina volte a ser uma economia livre, competitiva e próspera”, declarou Milei em entrevista recente.
Recuperação robusta, diz FMI
A economia argentina está mostrando sinais de recuperação significativa, com avanços notáveis na redução da inflação, afirmou Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), em coletiva nesta sexta-feira.
De acordo com o mais recente relatório Perspectiva Econômica Global do FMI, o país deve crescer 5% tanto em 2025 quanto em 2026, após uma contração de 2,8% em 2024, mantendo as projeções de outubro inalteradas.
“Estamos observando uma virada significativa na economia argentina em 2025 em relação a 2024”, disse Gourinchas, destacando que a recuperação começou no segundo semestre de 2024 e deve ganhar força em 2025, impulsionada pelo aumento dos salários reais.
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Autor: Redação InvestNews