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Este é o primeiro “driver” para a alta da Bolsa em 2025. Como aproveitar?

Se você já é meu leitor faz algum tempo sabe que gosto sempre de avaliar meus investimentos, os que estão na carteira ou os que vão entrar, por meio de um exercício de análise risco x retornos ou “drivers” e risco.

Eu posso sempre querer e colocar na conta dos “retornos” o que espero ganhar, mas a verdade é que essa parte ninguém sabe. Podemos estimar, mas fica difícil de prever o real impacto dos eventos, já que o mercado opera de forma soberana e não dá a mínima para a minha opinião. Por esse motivo, em vez de escrever “retorno esperado” eu coloco “drivers”, eventos que podem acontecer e trazer algum benefício para meus investimentos.

O exercício é bem simples e consiste em desenhar um “T” em um papel, colocando na coluna esquerda a palavra “Riscos” e na direita, “Drivers“. Dessa forma eu posso fazer aquele bom e velho “prós” e “contras”, tentando avaliar pelo menos o que é sabido e/ou esperado em relação aos meus investimentos, atuais ou a fazer.

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Hoje não vou falar de todos eventos que podem trazer riscos ou retorno aos investimentos, principalmente no Brasil, mas sim sobre o primeiro “driver”, o evento que está para acontecer e que eu acho que pode trazer uma reprecificação dos ativos negociados na Bolsa, falando especificamente das ações brasileiras.

Temporada de resultados 2024: o que esperar para a bolsa de valores?

Esse evento – que já começou, mas deve ganhar mais força na semana do dia 5 de fevereiro – é a temporada de resultados do quarto trimestre de 2024. Logo nessas primeiras semanas teremos resultados relevantes, como Itaú (ITUB3; ITUB4), Santander (SANB11), BTG Pactual (BPAC11), Multiplan (MULT3) e outros.

Já aviso desde já: eu não faço ideia se um resultado especifico vem acima ou esperado pelo mercado, se vai ser bom ou não, se é para comprar ou para vender. Mas uma coisa eu sei, os ativos brasileiros estão baratos quando olhamos por diversos múltiplos diferentes, e principalmente em relação ao preço deles versus o lucro.

Hoje esse indicador fundamentalista chamado Preço/Lucro está em 7x – o que, em geral, significa que demora 7 anos para o investidor recuperar o que ele investiu – contra uma média de 12x (12 anos). Ou seja, um desconto de quase 50%, ou mais gritante ainda, de 71% para que a Bolsa volte a patamares médios históricos.

Eu acredito que a temporada de balanços pode trazer um movimento grande para o mercado pelo simples fato de que as firmas devem continuar apresentando resultados fortes, independente ainda da expectativa de alta de juros e de inflação. As firmas tem por base buscar lucros e esse resultado não muda porque a cotação de uma firma X subiu ou caiu na Bolsa.

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O que vemos hoje no mercado de ações brasileiro se deve a uma fuga de capital de investidores estrangeiros, que preferem voltar a investir nos EUA, seja em ações seja em juros que estão no alto; a fundos de investimentos locais que venderam papéis por causa do alto fluxo de resgate de investidores, que estão preferindo investir por conta própria e/ou querem ir para os juros de quase 15% em vários Certificado de Depósito Bancário (CDBs) nas principais plataformas; e à falta de fluxo para compras, principalmente por conta do receio com o quadro fiscal do Brasil.

Dividendos podem ser o diferencial para atrair investidores

Dito isso, as ações brasileiras estão muito baratas na Bolsa e a temporada de resultados tende a mostrar isso! Ah, e será difícil ignorar…

Veremos firmas como Banco do Brasil (BBAS3) projetando devolver ao acionista o valor investido hoje em apenas três anos por meio de lucro. Veremos firmas com resultados e caixa tão fortes que será difícil olhar para a cotação e ignorar, mesmo com juros em 15%.

Minha opinião é de que o mercado verá tantas firmas entregando resultados positivos e com a cotação tão amassada (como falamos no jargão monetário), que tanto gestores quanto investidores independentes aproveitaram a pechincha atual, mesmo não sabendo se haverá uma alta ou não na Bolsa, mas de olho na distribuição de dividendos que, projetados para os próximos três anos, pode entregar retorno líquido acima da Selic. Por conta dessas alocações, podemos ver na ponta final uma alta do mercado acionário.

Eu, como investidor de longo prazo, torço para que a alta não aconteça e que me de tempo de montar novas posições, ganhar dividendos gordos e aproveitar as firmas a preços (relativamente)  mais baratos do que na época da pandemia de covid-19.

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Essa temporada tem tudo pra ser muito importante e por isso vou comentar os principais resultados além de compartilhar relatórios, calendário de divulgação e mais lá no grupo do WhatsApp.

Boas ações a preços baratos demais para ignorar, essa é a minha opinião para esse “driver”.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: E-Investidor

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