Déficit do Brasil é irrelevante e requer mais disciplina, diz Esteves
O chairman do BTG Pactual, André Esteves, disse que o Brasil precisa ser mais disciplinado para abrir espaço para mais investimentos públicos. A declaração ocorreu durante um painel sobre endividamento no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
“Eu acho que o investimento público é muito baixo. Poderia ser maior, necessariamente alto”, acrescentou.
Durante o painel, o executivo minimizou o déficit do Brasil e ressaltou que o financiamento da dívida brasileira é quase majoritariamente doméstico.
“Não temos déficit relevante. [Temos] altas reservas internacionais. Nós só precisamos de um déficit mais sustentável”, disse.
O presidente do conselho do BTG também destacou que a dívida pública é um problema global, ao citar os Estados Unidos, países europeus e economias emergentes.
“Podemos ver isso nos EUA, por exemplo. Na Europa, a mesma coisa. Na maioria das economias emergentes. No Brasil, estamos neste ciclo. Mantivemos as coisas sob controle durante a pandemia, mas ainda não recuamos desses gastos excessivos, eu diria. O que significa suporte para determinados setores, subsídios adicionais”, afirmou.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê encerrar o ano de 2024 com um déficit equivalente a 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB). O arcabouço fiscal prevê déficit zero em 2024. Há, porém, margem de tolerância de 0,25 ponto para mais ou para menos.
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Autor: patricksantos