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Queda de 20% da Equatorial em 2024 é emblemática para uma ação defensiva, diz gestor

Queda de 20% da Equatorial em 2024 é emblemática para uma ação defensiva, diz gestor

No 45° episódio do Carteiros do Condado, no canal Stock Pickers, Guilherme Anversa, sócio e gestor da XP Advisory, comentou sobre o movimento da bolsa e do mercado de crédito privado. Lucas Collazo fez a apresentação do programa, que contou ainda com a participação de Davi Fontenele, analista de investimentos da XP Advsory.

“Em janeiro de 2024 não se falava em taxa a 16% como está hoje na curva de juros no Brasil. Se falava de uma transição do Banco Central onde muito provavelmente ia iniciar um ciclo de corte de juros. Em 2024 se provou o contrário do que as projeções do mercado diziam”, discorre Anversa.

Do positivo ao negativo

Segundo ele, a firma mais emblemática na Bolsa aqui no Brasil em 2024 foi a Equatorial (EQTL3). “Ao longo de quase 15 anos na Bolsa, a companhia sempre teve retornos positivos. Nunca foi a primeira em termos de performance, mas sempre se valorizou”, ressalta.

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“A Equatorial, que nunca teve performance negativa, caiu cerca de 20% ano passado, mesmo após aquisição da Sabesp (SBSP3). É bem emblemático o que aconteceu com a Equatorial que é uma das ações consideradas das mais defensivas aqui no Brasil”, explica.

Para ele, foi muito forte o que aconteceu no mercado brasileiro em termos de incerteza em novembro e dezembro do ano passado.

Por outro lado, Anversa ressalta que “investir não é bet de curto prazo”. “Não se pode estar sentindo tanta dopamina (emoção). Não é cassino”, diz.

Conviver com a volatilidade

O sócio da XP avalia que o investidor não querer essa volatilidade no ponto de vista de performance acaba o afastando de grandes investimentos, como ocorreu com o S&P 500, da bolsa americana, nos últimos dois anos, que se valorizou sobremaneira. Ele lembra que em 2022 a bolsa americana caiu 25% e as pessoas saíram daquele mercado e, hoje, ela está bastante atrativa.

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No Brasil, ele vê o mercado de crédito privado um grande caso de sucesso, com mais de R$ 380 bilhões de captação só em 2024. “As assets estão sendo as grandes financiadoras do mercado de infraestrutura. Foram R$ 120 bilhões captados (em 2024) de infra. É legal ver essa renovação do crédito privado”, afirma.

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Anversa recorda que há dois anos discutia-se a recuperação judicial da Lojas Americanas e o que isso causaria no mercado. “A indústria (de crédito privado) conseguiu passar pela volatilidade que a gente viu. Ano passado teve volatilidade, todo mundo sobreviveu e agora continuo vendo uma indústria que segue forte e capaz de navegar”, diz.

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Autor: augustodiniz

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