Como tem sido a dinâmica desde o início da semana, as falas e ações do novo presidente americano, Donald Trump, seguem movimentando os mercados globais nesta sexta-feira. Desta vez, a moeda chinesa, o yuan, se valoriza fortemente após ele ter dito que preferiria não punir produtos chineses com tarifas em uma entrevista à Fox News. Essas falas, no entanto, parecem não ecoar entre os investidores de ações, já que as principais bolsas operam mistas, com as representantes europeias em alta, mas os futuros de Nova York no campo negativo agora cedo –relembrando que o S&P 500 alcançou nova máxima histórica na sessão de ontem.
Em outros mercados, o dólar recua frente a maioria das moedas, os rendimentos dos títulos de renda fixa americanos (Treasuries) têm leve baixa, os contratos futuros do petróleo caminham para um declínio semanal, depois que Trump disse que pedirá à Arábia Saudita e à Opep reduzirem seus preços, enquanto os preços futuros do minério de ferro subiram 0,69% na madrugada em Dalian, cotados ao equivalente à US$ 110,65 por tonelada.
Sem uma forte referência externa, por aqui a reunião do Governo para discutir os preços dos alimentos deve ditar o humor dos investidores, em meio à esperada deflação neste início de janeiro –fatores que, somados, podem trazer algum alívio à curva de juros e influenciar diretamente o desempenho dos demais ativos.
Agenda econômica
Brasil
Destaque para a divulgação do IPCA-15 de janeiro (9h), que deve apontar uma deflação de 0,01%, após a alta de 0,34% em dezembro. Antes disso, será conhecido o dado de conta corrente de dezembro e 2024 (8h30). Entre os eventos, o presidente Luiz Inácio Lulada Silva faz reunião com Ministros para debater os preços dos alimentos (9h30).
EUA
Estão previstos o índice de gerentes de compras (PMI) composto preliminar de janeiro (11h45), as vendas de moradias usadas (12h) e o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan (12h).
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Autor: Ágora Investimentos
