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Na primeira reunião do Fed com Trump, mercado prevê que cortes de juros acabaram

No mercado de títulos, a primeira semana de Donald Trump, pelo menos, acabou sendo muito menos desestabilizadora do que se temia. Os operadores esperam que o mesmo se aplique à mudança mais recente do Federal Reserve.

O banco central dos EUA deve manter as taxas de juros inalteradas no final de sua reunião de dois dias na quarta-feira (29), marcando a primeira pausa no ciclo de cortes de taxa iniciado em setembro.

No entanto, os rendimentos já subiram acentuadamente desde o final do ano passado, já que os operadores redefiniram agressivamente suas expectativas para a política monetária, com base na especulação de que as políticas de Trump estimularão pressões inflacionárias e colocarão combustível em uma economia já resiliente. Isso pode preparar o mercado para um alívio maior caso o presidente do Fed, Jerome Powell, destaque sua abordagem típica, dependente de dados, e mantenha intactas as expectativas modestas de corte de juros.

“Será um ano em que o Fed poderá reduzir as taxas de juros duas vezes, talvez uma vez”, disse à Bloomberg TV Ashok Bhatia, codiretor de investimentos em renda fixa da Neuberger Berman. “Se você conseguir isso do Fed, mais um pouco de estabilização do déficit, esse é um resultado muito forte para o mercado de títulos.”

O mercado de títulos do Tesouro começou a se recuperar de uma forte venda que empurrou os rendimentos de volta para os picos atingidos no final de 2023, e que brevemente ameaçou interromper o rali recorde do mercado de ações.

A recuperação começou quando o relatório do índice de preços ao consumidor, divulgado em 15 de janeiro, aliviou as preocupações renovadas sobre a inflação, ao chegar a um ritmo ligeiramente mais lento do que o esperado.

Os ganhos foram mantidos durante a primeira semana de Trump no cargo, quando ele evitou promulgar qualquer aumento imediato de tarifas e indicou que pode buscar medidas mais modestas sobre as importações chinesas do que as sugeridas durante a sua campanha eleitoral. Isso diminuiu um pouco a angústia sobre um aumento acentuado nos preços de importação que poderia causar outro choque inflacionário ou desestabilizar a economia com uma guerra comercial.

Ainda assim, o presidente deu aos operadores um novo motivo para se preocuparem com tarifas no início de sua segunda semana, ao ordenar uma tarifa emergencial de 25% sobre todos os produtos colombianos exportados aos EUA, pelo fato de a Colômbia ter recusado que imigrantes deportados dos EUA desembarcassem no país. Mais tarde, o governo colombiano concordou com todos os termos de Trump, de acordo com comunicado da secretária de imprensa da Casa Branca.

“O mercado de taxas parecia um pouco precário há uma semana, e eu diria que o relatório de inflação e a primeira semana do presidente Trump amenizaram a situação”, disse Priya Misra, gestora na JPMorgan Asset Management. Ela afirmou que as autoridades do Fed estão “em modo de esperar para ver, e a incerteza política permanece, então acredito que eles devem manter suas opções em aberto”.

“Um mercado de trabalho forte e inflação crescente geralmente indicam rendimentos de títulos em alta, especialmente na parte mais longa da curva, à medida que os investidores exigem mais prêmio de risco, disse Alyce Andres, estrategista de taxas e câmbio dos EUA da Bloomberg Economics.  

Esse padrão de espera provavelmente dará ao mercado de títulos pelo menos um breve alívio da volatilidade que o abalou nos últimos meses. Economistas do JPMorgan  disseram que o Fed provavelmente tomará medidas para evitar abalar o mercado, emitindo guidance “apropriamente brando”, e estabelecendo o que “deve ser um início monótono para um ano tumultuado”.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Bloomberg

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