Análise: Fed terá que responder sobre ações de Trump, que ainda não foram de ruptura
Nos Estados Unidos, a expectativa da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nesta quarta (29) não é exatamente sobre os juros, que deverão ser mantidos no intervalo de 4,25%-4,50%, mas o que o comitê de política monetária da instituição falará sobre as medidas já anunciadas e as que poderão vir do governo de Donald Trump.
“Há grande expectativa ao comunicado que acompanha a decisão de juros e a coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell”, disse Rodolfo Margato, durante o programa Morning Call da XP nesta quarta.
Antes de Trump
“É importante destacar que, mesmo antes da vitória de Trump, a gente já via pouco espaço para redução adicional de juros nos Estados Unidos ao longo de 2025”, afirmou. Segundo ele, falava-se de um a dois cortes na taxa de juros de referência, algo que talvez nem mais aconteça esse ano.
“Isso porque a atividade econômica americana continua bastante sólida com destaque ao dinamismo do consumo das famílias, e as leituras de PIB robustas com uma composição favorável”, comentou. “O recuo da inflação parece ter perdido força na reta final de 2024”, disse.
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O economista explicou que o comitê de política monetária do Fed está num compasso de espera sobre a continuidade no processo de desinflação, que aparentemente teve uma pausa nas últimas divulgações mensais, e também os potenciais efeitos das primeiras medidas do governo Trump.
Tarifas de importação
“Há muita incerteza. Por enquanto a gente não viu o Trump disruptivo, mas há incertezas sobre os próximos passos e isso será questionado ao Powell, que terá que responder os impactos das medidas da nova administração federal”, destacou.
Para Rodolfo Margato, além da inflação e atividade econômica, as incertezas pairam sobre a imposição de tarifas de importação e qual será a sua magnitude, além das ações que impactam mais diretamente a imigração e, consequentemente, o custo disso na mão de obra.
“Mas já está telegrafado a manutenção de juros (nos EUA)”, ressaltou.
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Autor: augustodiniz