Últimas Notícias

Imposto sobre herança vai aumentar em 2025?

Em nova resolução, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode impactar diretamente a tributação sobre heranças e doações no Brasil, atingindo milhões de brasileiros que fazem planejamento sucessório. O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), que é de competência estadual, teve sua incidência reavaliada para produtos de previdência privada aberta, como os planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

Conforme essa reportagem do E-Investidor, a decisão, tomada por unanimidade pelo STF no final de 2024, estabeleceu que os beneficiários desses planos não deverão pagar ITCMD sobre os valores recebidos, garantindo uma isenção em todo o território nacional, independente das alíquotas estabelecidas pelos estados.

Especialistas destacam que a decisão representa um avanço não apenas para os contribuintes de Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde o imposto era cobrado, mas também para o mercado monetário como um todo.

Publicidade

Segundo Danilo Carrilho, especialista em Previdência e Seguros, a determinação do STF elimina uma insegurança jurídica que afastava potenciais clientes. “Ganha importância, porque funciona como parte do benefício fiscal que estava desprotegido. A insegurança fazia com que alguns clientes pensassem duas vezes em utilizar esse produto”, afirma.

A decisão fortalece a previdência privada como estratégia de transmissão de patrimônio, pois os beneficiários podem ser escolhidos livremente, sem necessidade de inventário ou das regras tradicionais de sucessão. Para a advogada especializada em Direito de Família, Gisele Martorelli, “o Supremo entende que é um vínculo contratual privado”, afastando a incidência do ITCMD.

Apesar do benefício concedido pelo STF, especialistas alertam que os estados podem buscar alternativas para compensar eventuais perdas de arrecadação. Uma das possibilidades é o aumento das alíquotas do ITCMD sobre outros bens e valores herdados, medida que poderia ser implementada a partir de 2025. Hoje, as alíquotas variam de 3% a 8%, limite estabelecido pela Constituição Federal, mas há debates sobre a ampliação desse teto.

Outro ponto pendente é a definição sobre a retroatividade da decisão do STF. Caso seja considerada retroativa, contribuintes que pagaram ITCMD sobre valores de previdência privada poderão solicitar a restituição desses montantes. O julgamento desse ponto deve ocorrer nos próximos meses, o que pode abrir uma nova onda de pedidos de revisão e reembolsos.

Publicidade

Colaborou: Gabrielly Bento.

O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim deixaremos mais pessoas por dentro do mundo das finanças, economia e investimentos!

Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original

Autor: Jéssica Anjos

Dinheiro Portal

Somos um portal de notícias e conteúdos sobre Finanças Pessoais e Empresariais. Nosso foco é desmistificar as finanças e elevar o grau de conhecimento do tema em todas as pessoas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo