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Dólar cai pela 11ª sessão consecutiva e fecha a R$ 5,81 após EUA adiar tarifas

Dólar cai pela 11ª sessão consecutiva e fecha a R$ 5,81 após EUA adiar tarifas

O dólar fechou em baixa ante real nesta segunda-feira (3), após a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciar que os Estados Unidos adiarão a imposição da tarifa de 25% sobre produtos do México por um mês, após uma “boa conversa” com Trump. O anúncio vem após os dois líderes chegarem a um acordo, que inclui o envio imediato de 10.000 soldados da Guarda Nacional mexicana para reforçar a fronteira.

Essas tropas terão a missão de prevenir o tráfico de drogas para os EUA, com foco especial no fentanil, uma das principais preocupações citadas por Trump.

Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial

No último sábado, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem implementando uma tarifa de 25% sobre importações do México e Canadá, e uma tarifa de 10% sobre produtos da China. Há temor de que o Brasil seja atingido também por novas tarifas à frente.

Qual é a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, aos 5,8159 reais, a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,8096 reais.

Apesar da variação contida em algumas sessões, desde 17 de janeiro o dólar não fecha um dia em alta. Esta é a maior sequência negativa desde o período entre 24 de março e 13 de abril de 2005, quando o dólar fechou em baixa por 14 sessões consecutivas.

Em 2025 a moeda norte-americana acumula baixa de 5,88%.

Às 17h04 na B3 o dólar para março — atualmente o mais líquido no mercado brasileiro — cedia 0,57%, aos 5,8425 reais.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,815
  • Venda: R$ 5,815

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,955
  • Venda: R$ 6,135

O que aconteceu com dólar hoje?

Mais cedo, os investidores se refugiavam no dólar americano e evitavam posicionamento em ações depois que o presidente Donald Trump executou sua ameaça de impor impostos gerais de 25% sobre o Canadá e o México e 10% sobre produtos chineses a partir de terça-feira, gerando compromissos de retaliação de outros governos.

As tarifas dos EUA, que entrariam em vigor na terça-feira, afetariam US$ 1,3 trilhão em produtos, ou mais de 40% de todas as importações dos EUA.

Trump disse que planejava conversas nesta segunda com o Canadá e o México antes das tarifas entrarem em vigor. As taxas devem entrar em vigor em 4 de fevereiro, a menos que haja um acordo de última hora.

O presidente dos EUA ainda sinalizou que tarifas sobre a União Europeia podem ser anunciadas em breve.

O Goldman Sachs estimou que uma tarifa de 25% pode elevar o índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA em 0,7% e reduzir o PIB em 0,4%. A tarifa de 10% sobre produtos energéticos canadenses reduz um pouco esse impacto. O banco projeta também uma tarifa de 20% sobre a China, elevando o PCE em 0,3%.

Analistas apontaram desde a campanha presidencial que os planos tarifários de Trump possuem uma série de efeitos negativos para países emergentes. Em um primeiro momento, eles favorecem o dólar ao manter os rendimentos dos Treasuries elevados, uma vez que possuem potencial inflacionário.

Além disso, as tarifas, e uma consequente guerra comercial, também poderiam impactar o desempenho econômico de mercados importantes para países emergentes, como China e UE, o que influencia negativamente os ativos de economias como o Brasil.

“Essas tarifas são o principal fator de suporte aos preços. A expectativa inicial do mercado é de uma pressão inflacionária no curto prazo, o que também contribui para a alta das cotações”, disse Bruno Cordeiro, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Na seara nacional, o mercado vê inflação ligeiramente mais alta em 2025 e 2026, segundo Boletim Focus. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA agora é de alta de 5,51% ao fim deste ano, de 5,50% na pesquisa anterior, no que foi a 16ª semana consecutiva de aumento na previsão. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira é de 4,28%, de 4,22% anteriormente.

O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

(Com Reuters)

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Autor: Felipe Moreira

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