As taxas oferecidas pelos títulos públicos atrelados à inflação caminham para a quarta sessão seguida de recuo nesta terça-feira (4), com agentes digerindo dados do mercado de trabalho do Estados Unidos, e reavaliando impactos da política de tarifas do presidente Donald Trump.
Os papéis chegaram a ensaiar alta nas remunerações, mas o movimento reverteu após os EUA divulgarem que a abertura de postos de trabalho caiu para 7,6 milhões em dezembro, bem abaixo da expectativa de analistas.
Outro alívio do exterior foi a notícia de que um telefonema entre Trump e o presidente chinês, Xi Jiping, acontecerá em breve, aumentando a expectativa em torno de um acordo entre os países a respeito da guerra tarifária desencadeada pelos EUA nos últimos dias.
Em resposta a Trump, a China impôs uma taxa de 15% sobre menos de US$ 5 bilhões em importações de artigos relacionados à energia e uma alíquota moderada de 10% sobre o petróleo e equipamentos agrícolas. Além disso, o país disse investigará supostas violações antitruste do Google.
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No Tesouro Direto, destaque para o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029, que passa a pagar 7,42% ao ano de juro real, ante 7,85% há uma semana. Recuo nas taxas também em demais vencimentos, com o mais longo, de 2050, a 7,45%, e o de 2040 (que substitui o de 2035 na prateleira da plataforma) remunerando o investidor com 7,30% ao ano acima da inflação.
Entre os prefixados, perda de vez do patamar de 15% ao ano, com taxas recuando para até 14,36%, caso do título para 2035 com juros semestrais.
A curva de juros já vinha reagindo a um momento de calmaria doméstico desde a semana passada. Na sexta-feira (31), as taxas cederam diante de sinais iniciais de desaceleração econômica, com a taxa de desemprego atingindo 6,2% – ainda baixa, mas ligeiramente acima das projeções.
Para especialistas, os títulos do Tesouro Selic são os mais indicados na renda fixa. No entanto, papéis que oferecem pelo menos IPCA + 7% ao ano ainda são bem vistos.
Confira as taxas dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto na atualização de 14h15 desta terça-feira (4):
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Autor: Paulo Barros
