Dólar hoje abre 13º pregão seguido em queda, mas commodities podem atrapalhar o real
A cotação do dólar hoje abriu a sessão desta quarta-feira (05) em queda de 0,16%, a R$ 5,7633. A tendência de alívio na moeda americana no exterior abre espaço para aparar os excessos vistos no câmbio em dezembro, enquanto o cenário doméstico não tem grandes destaques e o Brasil fica de fora do radar das tarifas de Donald Trump.
Lá fora, investidores ainda acompanham o desenrolar da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Na terça-feira (04), havia uma expectativas de que Trump e Xi Jinping conversassem para chegar a um acordo após Pequim retaliar os produtos dos EUA com tarifas entre 10% a 15%, em resposta ao “tarifaço” de Trump. A queda das commodities também pode jogar contra o real ao longo do dia, com baixas no petróleo e no minério de ferro no mercado internacional.
Às 09h18, o dólar à vista tinha queda de 0,04%, a R$ 5,7703.
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Na véspera, o dólar fechou o dia no menor patamar desde meados de novembro, antes da apresentação do pacote de medidas fiscais do governo que, mal recebido pelo mercado, levou a moeda americana ao maior valor da história em dezembro. Ao todo, já são 12 pregões seguidos de queda, um alívio causado principalmente por um começo de mandato mais brando do que o esperado por parte de Trump.
Em dezembro, no auge da crise de confiança em relação à política fiscal, o real se descolou dos pares e teve a maior desvalorização entre as moedas emergentes. Agora, a divisa brasileira também é a que apresenta a maior correção.
A queda do dólar também acontece na esteira da volta do capital estrangeiro ao mercado brasileiro. Até a segunda-feira (3), dado mais recente disponibilizado pela B3, o fluxo de capital externo estava positivo em R$ 6,8 bilhões. Vale lembrar que a sequência de desvalorização ante o real acontece na cotação à vista – a Ptax, taxa calculada pelo Banco Central e usada de referência em contratos de câmbio, teve alguns pregões de alta nos últimos dias.
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Autor: Luíza Lanza