“Marxismo cultural”: Milei diz que estuda retirar a Argentina do Acordo de Paris
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O presidente argentino Javier Milei admitiu em uma entrevista à revista francesa Le Point que está avaliando a possibilidade de retirar a Argentina do Acordo de Paris. A declaração surge um dia após o país anunciar sua saída da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Acordo de Paris é um pacto internacional que busca limitar o aquecimento global, com o objetivo de manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C em comparação com os níveis pré-industriais.
A Argentina ratificou esse acordo em 2016 e, se decidir se retirar, se juntará aos Estados Unidos, Irã, Líbia e Iémen, os únicos países da ONU que não fazem parte do pacto.
Leia mais: Argentina vai se retirar da Organização Mundial da Saúde após saída dos EUA
Milei argumentou que a agenda ambientalista é impulsionada pelo “marxismo cultural” e sustentou que o aquecimento global “não tem nada a ver com a presença humana”. Em sua opinião, a forma como se discute a mudança climática é errônea e considera que essa agenda representa uma fraude.
O presidente elogiou Donald Trump por sua saída da OMS e sua decisão de deixar de financiar pesquisas sobre mudança climática com fundos públicos. Milei afirmou que a censura em torno da mudança climática é um reflexo do “wokismo” que, segundo ele, silencia aqueles que não concordam com a narrativa dominante.
No entanto, retirar a Argentina do Acordo de Paris não seria uma tarefa simples. Existem vários acordos internacionais que incluem cláusulas ambientais, como o tratado entre o Mercosul e a União Europeia e a futura reincorporação da Argentina à OCDE. Além disso, muitas organizações de crédito condicionam seus empréstimos a padrões de cuidado ambiental.
Milei também criticou a Agenda 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável, que considera antidemocrática, e questionou quem deu aos burocratas o direito de decidir sobre a vida de bilhões de pessoas. Em suas palavras, essa agenda também é um reflexo do “marxismo cultural” que busca aumentar o tamanho do Estado sob a premissa de ser um libertador.
O mandatário reiterou sua decisão de retirar a Argentina da OMS, qualificando-a de “organização criminosa” responsável por crimes contra a humanidade durante a pandemia de Covid-19. Segundo Milei, as restrições impostas foram ataques à liberdade e à propriedade privada.
Quanto à comunidade LGBTIQ+, Milei enfrentou protestos após um discurso polêmico na Suíça, onde associou a homossexualidade à pedofilia. Em sua defesa, o presidente afirmou que seu discurso foi mal interpretado e que respeita o direito de cada indivíduo viver sua vida como desejar.
Milei também abordou o projeto de eliminar a figura penal de feminicídio, argumentando que todos os homicídios deveriam ser tratados igualmente perante a lei. Além disso, criticou a forma como a ciência é utilizada na Argentina, sugerindo que muitas pesquisas beneficiam aqueles que apoiam o Estado em vez do povo.
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Autor: Gabriel