Milei vira alvo de investigação na Argentina após divulgar criptomoeda que colapsou; entenda a polêmica

Depois da $TRUMP, memecoin lançada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi a vez de Javier Milei se envolver em polêmicas no mundo cripto. O governo da Argentina anunciou, na noite de sábado (15), uma “investigação urgente” sobre o lançamento de uma criptomoeda promovida pelo presidente argentino na sexta-feira (14). Milei fez um post no X, antigo Twitter, promovendo a $LIBRA, uma criptomoeda recém lançada, supostamente criada para financiar pequenas e médias firmas no país.

Com a postagem de Milei, a $LIBRA teve um pico de capitalização máxima. Horas depois, colapsou.

Uma postagem da Lookonchain, uma plataforma especializada em análise de blockchain, diz que 8 carteiras vinculadas à equipe da $LIBRA desembolsaram cerca de US$ 107 milhões do projeto, via Solana e $USDC, uma cripto que acompanha o valor do dólar. Isso indica que, logo após a publicação de Milei e a alta do ativo, os detentores originais da criptomoeda tiveram lucro milionário antes do colapso.

O post de Milei sobre a $LIBRA causou polêmica na Argentina e foi apagado logo depois. Isso gerou uma onda de críticas por parte de especialistas em criptomoedas e opositores, que apontaram que poderia ser um golpe ou até um esquema pirâmide.

A assessoria do libertário disse ao jornal argentino Clarín que Milei foi de fato o autor da mensagem, mas não está envolvido com o projeto, e apenas teria dado publicidade à iniciativa para que a população não suspeitasse que ela poderia se tratar de um golpe. Como as críticas aumentaram, a presidência argentina decidiu encaminhar o assunto para o Escritório Anticorrupção (OA) determinar se houve conduta inadequada, inclusive do próprio presidente Milei. Veja o anúncio:

La Oficina del Presidente informa que el pasado 19 de octubre el Presidente Javier Milei mantuvo un encuentro con los representantes de KIP Protocol en Argentina en el que se le comentó la intención de la firma de desarrollar un proyecto llamado “Viva la Libertad” para…

— Oficina del Presidente (@OPRArgentina) February 16, 2025