Magazine Luiza (MGLU3) dispara com queda dos juros futuros após dado sobre popularidade do governo Lula; entenda
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) estão entre as principais altas do Ibovespa nesta segunda-feira (17). Até às 15h54, a MGLU3 subia 5,83%, aos R$ 7,81, na quarta maior alta do índice. Durante a manhã, a firma chegou a liderar os ganhos quando a MGLU3 atingiu a máxima R$ 8,02, após uma disparada de 8,67%. O avanço dos papéis da varejista no pregão está relacionado à queda dos juros futuros e do dólar após uma pesquisa do Datafolha apontar uma diminuição relevante de popularidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O índice de satisfeitos com o terceiro mandato do líder petista despencou de 35% para 24% nos últimos dois meses. Uma sinalização de que Lula pode não sair vitorioso das urnas em 2026 alimenta expectativas de que uma alternância no Executivo traga mais responsabilidade fiscal. E isto implicaria em juros e inflação menores no futuro.
“O risco, claro, é uma reação muito populista aos dados, que adicionaria preocupações à evolução fiscal. Contudo, o simples fato de que Lula se enfraquece muito reduz o espaço para uma radicalização à esquerda — ninguém quer apoiar o navio que está afundando. E como não há espaço na economia para uma reação positiva à expansão fiscal adicional (ao contrário, precisamos frear a atividade para controlar a inflação, como o Banco Central tem tentado fazer), qualquer heterodoxia agora encontrará uma resposta do dólar e, como consequência, a popularidade do presidente cairá ainda mais”, diz Felipe Miranda, CIO e Estrategista-Chefe da Empiricus Research.
A queda dos juros futuros impacta positivamente as ações cíclicas, como Magazine Luiza e outras varejistas, que são mais sensíveis às variações macroeconômicas e dependem de uma economia mais pujante e de que a população tenha acesso a crédito.
Luiza Trajano critica juros altos
Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza (MGLU3), voltou a tecer críticas sobre a alta da taxa básica de juros Selic – hoje em 13,25% ao ano, maior patamar desde setembro de 2023. Durante um evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na última sexta (14), a executiva apelou para que Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, pare de comunicar novas elevações nos juros. Também firmou que as pequenas e médias firmas não aguentavam mais sobreviver nesse ambiente.
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Apesar da recuperação no curto prazo, as ações MGLU3 ainda cedem 60% na janela de 12 meses e 94,6% em cinco anos.
*Com Estadão Conteúdo
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Autor: Jenne Andrade