Corte de geração em Belo Monte preocupa Aneel e pode custar até R$ 2,4 bilhões aos consumidores
A decisão do Ibama que determinou uma redução da geração da usina hidrelétrica de Belo Monte poderá acarretar custos aos consumidores de energia elétrica entre R$1,2 bilhão a R$2,4 bilhões, segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa.
Em reunião de diretoria do regulador nesta terça-feira (18), Feitosa afirmou que a determinação do órgão ambiental “preocupa”, pois irá levar a uma perda de 2.400 megawatts (MW) médios para o atendimento da ponta de carga, justamente nos momentos em que o sistema elétrico precisa de maior potência, como no fim da tarde.
Essa restrição da geração da hidrelétrica deverá ser suprida com termelétricas, que também costumam ser acionadas na ponta de carga.
Segundo o diretor-geral da Aneel, o Ibama encaminhou à Norte Energia, concessionária que opera a usina no rio Xingu, um ofício determinando a manutenção de um trecho de vazão reduzida até 15 de março, para “evitar rebaixamento abrupto da vazão após esse período e impedir novos danos socioambientais”.
“Registro nosso máximo respeito ao Ibama, seus técnicos e dirigentes, no entanto, não posso deixar de registrar minha preocupação quanto aos impactos dessa decisão, e muito respeitosamente, à forma como ela foi tomada, a partir de ofício encaminhado à concessionária”, afirmou o diretor-geral da Aneel.
A reportagem entrou em contato com o Ibama, mas até o momento não teve retorno.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Reuters