Últimas Notícias

Alto funcionário do DOJ renuncia após ser afastado por indicados de Trump, diz fonte

Alto funcionário do DOJ renuncia após ser afastado por indicados de Trump, diz fonte

WASHINGTON (Reuters) – O alto funcionário da área de ética do Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA renunciou nesta terça-feira, depois de ter sido retirado de suas funções pelo governo do presidente Donald Trump e designado para um novo grupo de trabalho sobre cidades santuários, disse à Reuters uma pessoa familiarizada com o assunto.

O funcionário, Bradley Weinsheimer, decidiu aceitar a oferta de renúncia adiada do governo em vez de ser transferido de função, tornando-se o mais recente de uma série de funcionários de carreira do Departamento de Justiça que resistiram a esforços que, segundo eles, politizam as investigações.

Dezenas de funcionários de carreira do Departamento de Justiça — que normalmente permanecem no cargo de uma administração para outra — em cidades como Washington e Nova York foram demitidos, transferidos ou pediram demissão desde que Trump assumiu a Presidência, em 20 de janeiro. Trump havia prometido reorganizar rapidamente um departamento que, segundo o republicano, foi usado contra ele durante seus anos fora do poder.
Na semana passada, sete pessoas renunciaram em protesto, incluindo dois altos funcionários que supervisionam as investigações politicamente mais sensíveis, depois que o procurador-geral adjunto interino, Emil Bove, ordenou que retirassem as acusações de corrupção criminal contra o prefeito de Nova York, Eric Adams.
Weinsheimer, um veterano de 34 anos do departamento que foi nomeado para sua função atual como procurador-geral adjunto associado durante o primeiro mandato de Trump, forneceu consultoria ética a funcionários do departamento em relação a conflitos de interesse, incluindo decisões relacionadas a quando eles deveriam ser impedidos de trabalhar em casos específicos.
Ele também revisou recomendações disciplinares do Escritório de Responsabilidade Profissional, que investiga má conduta de advogados, e encaminhamentos para disciplina ou processo do Escritório do Inspetor Geral.
Weinsheimer não retornou um pedido de comentário. Quando a Reuters tentou contatá-lo na noite de terça-feira, seu e-mail governamental respondeu com uma mensagem gerada automaticamente dizendo que ele estava “em licença administrativa de acordo com o programa de demissão diferida”.
Em 27 de janeiro, quase na mesma época em que Weinsheimer foi transferido, Bove delegou todas as decisões relacionadas à ética a dois indicados políticos.
Uma delas, Kendra Wharton, trabalhou anteriormente ao lado de Bove e Todd Blanche, indicado pelo presidente para atuar como procurador-geral adjunto, para ajudar a defender Trump contra acusações criminais em Nova York alegando que ele falsificou registros para encobrir dinheiro pago a uma estrela pornô.
A outra indicada, a chefe de gabinete de Bove, Jordan Fox, se formou em direito em 2021, de acordo com seu perfil no LinkedIn.
“Bradley é o principal responsável por ética profissional no Departamento de Justiça e fornece conselhos a pessoas em todo o país e no prédio sobre assuntos realmente importantes e sérias”, disse Joyce Vance, ex-procuradora dos EUA para o Distrito Norte do Alabama, observando que o trabalho que ele desempenhava era apolítico.
Ela disse que a reatribuição da tomada de decisões éticas a dois indicados políticos é preocupante, acrescentando: “Isso é evidência de que o Departamento de Justiça está sendo transformado em arma”.
Chad Gilmartin, porta-voz do Departamento de Justiça, rejeitou qualquer crítica à decisão de Bove de delegar a tomada de decisões éticas a Wharton e Fox.
“Kendra tem uma década de experiência como advogada de defesa criminal, que é exatamente a mentalidade que queremos em tal função”, disse. Ele acrescentou que Fox “é uma advogada altamente respeitada”.
A procuradora-geral Pam Bondi, Blanche e Bove, que atuará como principal procuradora-geral adjunta associada assim que Blanche for confirmada pelo Senado dos EUA, já atuaram como advogados de defesa de Trump.
A Casa Branca já havia argumentado que o Departamento de Justiça foi usado como arma contra Trump quando apresentou acusações contra ele por reter documentos confidenciais e subverter a eleição de 2020.
O departamento retirou ambos os casos depois que Trump venceu a eleição de novembro de 2024, citando uma política de longa data contra processar um presidente em exercício.
No primeiro dia de Bondi como procuradora-geral, ela emitiu uma diretiva criando um novo grupo de trabalho que seria encarregado de revisar dois processos criminais movidos contra Trump pelo ex-conselheiro especial Jack Smith, por reter documentos confidenciais e tentar subverter a eleição presidencial de 2020, bem como a condenação de Trump em Nova York.
(Reportagem de Sarah N. Lynch)

The post Alto funcionário do DOJ renuncia após ser afastado por indicados de Trump, diz fonte appeared first on InfoMoney.

O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim deixaremos mais pessoas por dentro do mundo das finanças, economia e investimentos!

Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original

Autor: Reuters

Dinheiro Portal

Somos um portal de notícias e conteúdos sobre Finanças Pessoais e Empresariais. Nosso foco é desmistificar as finanças e elevar o grau de conhecimento do tema em todas as pessoas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo