Criador de criptomoeda diz que “controla” Milei, mostram supostas mensagens
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Supostas mensagens obtidas pelo jornal argentino La Nación e pelo site especializado em criptomoedas CoinDesk indicam que Hayden Davis, um dos criadores da criptomoeda Libra, pivô de um escândalo que abalou o presidente argentino Javier Milei, teria afirmado que fazia pagamentos à Karina Milei, irmã do presidente. O objetivo seria de obter influência dentro do governo.
As mensagens, enviadas em dezembro de 2024, antes do lançamento e colapso da criptomoeda, mostram Davis alegando que os repasses permitiam que ele controlasse decisões dentro da administração de Javier Milei.
Em uma das conversas divulgadas, Davis diz a um executivo de criptomoedas:
“Podemos fazer com que Milei compartilhe no X, faça reuniões com a pessoa e promova [a criptomoeda]. Eu controlo esse [termo racista em inglês]”.
Quando questionado sobre a afirmação, Davis teria acrescentado:
“Envio dinheiro à sua irmã [Karina Milei] e ele assina o que digo e faz o que quero. Uma loucura.”
Até o momento, não há evidências de que os pagamentos tenham realmente ocorrido, e a Casa Rosada não comentou o teor das mensagens.
Após a divulgação do conteúdo, um porta-voz de Hayden Davis afirmou ao CoinDesk que ele não se lembra de ter enviado as mensagens e que não há registros em seu telefone que confirmem a alegação.
“Relatos recentes da mídia alegando que eu paguei o presidente Javier Milei ou sua irmã, Karina Milei, para lançar a criptomoeda Libra são completamente falsos. Nunca fiz qualquer pagamento a eles, nem eles solicitaram qualquer quantia.”
Davis classificou as denúncias como “um ataque político contra Milei”.
Criptogate
O escândalo da Libra, apelidado de “criptogate” na imprensa argentina, já levou a investigações judiciais e a um pedido de impeachment contra Milei. No entanto, a viabilidade do processo é incerta devido à composição do Congresso argentino.
O presidente argentino tentou minimizar a polêmica, afirmando que apenas “divulgou” a criptomoeda, mas não a promoveu. Ele também sugeriu que investidores souberam dos riscos antes de aplicar dinheiro no ativo, comparando o caso a um cassino.
A crise impactou os mercados monetários da Argentina. Na segunda-feira (17), a Bolsa de Buenos Aires caiu com o escândalo, mas se recuperou na terça-feira (18) com alta de 6,10%.
Javier Milei embarca nesta quinta-feira (20) para os Estados Unidos, onde encontrará Donald Trump, aliado político e figura que também já esteve envolvida em polêmicas relacionadas a memecoins.
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Autor: Paulo Barros