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Veja o fechamento das Bolsas de NY, juros dos EUA e dólar hoje; bitcoin recua mais de 2%

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira (19), após se recuperarem da queda registrada na abertura, impulsionadas pela divulgação da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que não trouxe novidades e apenas reforçou as expectativas do mercado de um único corte nas taxas de juros este ano. Investidores também acompanham os desdobramentos geopolíticos na Ucrânia e em Gaza, além de novas sinalizações sobre tarifas de Donald Trump. O bitcoin e o dólar também subiram, enquanto os títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) caíram.

O índice Dow Jones subiu 0,16%, a 44.627,46 pontos. O S&P 500 avançou 0,24%, a 6.144,15 pontos, renovando recorde de fechamento, enquanto o Nasdaq teve avanço de 0,07%, a 20.056,25 pontos.

Na ata da última reunião do Fed, os dirigentes da autoridade monetária destacaram a necessidade de uma “abordagem cautelosa” nos cortes nas taxas de juros, dada a atual “alta incerteza” sobre a trajetória da economia. O documento também ressaltou que os indicadores recentes apontam para um “ritmo sólido” da atividade econômica nos EUA. Além disso, o presidente americano fez duras declarações contra o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e reiterou sua promessa de pôr fim à guerra entre Rússia e Ucrânia. No entanto, Trump chamou Zelensky de “ditador” e o acusou de desviar metade dos recursos enviados pelos EUA para apoiar o exército ucraniano.

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Em destaque, a Apple subiu 0,16% após anunciar um novo iPhone de baixo custo, visando impulsionar suas vendas. A Intel (-6,10%), por sua vez, devolveu parte dos ganhos registrados ontem, quando havia avançado 16%. Por outro lado, a fabricante de caminhões movidos a hidrogênio Nikola entrou com pedido de falência, o que fez suas ações despencarem 39,13%. Já as ações da Bumble (-30,31%) e da Toll Brothers (-5,87%) registraram perdas após resultados abaixo das expectativas.

Após Trump mencionar tarifas de 25% sobre importações de automóveis, a General Motors (-0,69%) e os ADRs da Toyota (-2,15%) e da Honda (-1,86%) enfrentaram queda em seus papéis. A Ford, no entanto, ganhou 0,54%. Contato: pedro.lima@estadao.com

Juros dos EUA operam em queda

Os juros dos Treasuries mais longos inverteram o sinal e passaram a cair após a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Taxas dos contratos curtos ampliaram a queda após a publicação do documento.

Neste fim de tarde, o retorno da T-note de 2 anos recuava a 4,271%, o rendimento de 10 anos tinha queda a 4,536% e o juro do T-bond de 30 anos caía a 4,770%.

Na ata, os dirigentes do banco central avaliaram que os riscos para o alcance das metas de emprego e inflação estão aproximadamente em equilíbrio, mas observaram que “a inflação permaneceu um tanto elevada”, acima da meta de 2% do Fed, e destacaram que “mudanças na política comercial e de imigração são vistas como riscos potenciais para a inflação”. O documento abordou ainda a discussão sobre o balanço patrimonial do Fed e estratégias. Os dirigentes também afirmaram que levarão em conta os efeitos econômicos de potenciais políticas do governo americano, como as que envolvem acordos comerciais, de imigração e regulatórios, ao tomar decisões futuras sobre a política monetária.

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A autoridade monetária dos Estados Unidos também discutiu estratégias alternativas sobre compras de ativos do Tesouro no mercado secundário, como parte do plano de implementação da política de redução do balanço patrimonial. O objetivo é alinhar a composição de vencimentos da carteira de títulos do Fed com a estrutura da dívida pública dos EUA.

A China reduziu sua participação em títulos do Tesouro dos EUA em US$ 9,6 bilhões em dezembro de 2024, fechando o ano em US$ 759,01 bilhões – o menor nível registrado no ano passado. De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, os investimentos chineses nesses papéis encolheram US$ 38,7 bilhões ao longo de 2024. Apesar da redução, a China segue como o segundo maior detentor global desses títulos, atrás apenas do Japão. Ao fim de dezembro, os investimentos japoneses em Treasuries somavam US$ 1,059 trilhão, com quedas de US$ 27,3 bilhões no mês e US$ 80,7 bilhões ao longo do ano. O Reino Unido ocupa a terceira posição, com uma participação de US$ 722,74 bilhões.

Moedas Globais: dólar avança

O dólar teve desempenho distinto ante rivais, com queda ante o iene, mas alta frente ao euro e em relação à libra, enquanto o índice dólar reduziu os ganhos após a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na medida em que os investidores digeriam as declarações de cautela e de risco de inflação no país.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, fechou em alta de 0,11%, a 107,173 pontos, após máxima de 107,381 pontos. Perto das 17h50 (de Brasília), o dólar cedia a 151,50 ienes. O euro recuava a US$ 1,0426 e a libra caía a US$ 1,2586.

Na ata do Fed, os dirigentes do banco central avaliaram que os “riscos para o alcance das metas de emprego e inflação estão aproximadamente em equilíbrio”, mas observaram que “a inflação permaneceu um tanto elevada”, acima da meta de 2% do Fed, e destacaram que “mudanças na política comercial e de imigração são vistas como riscos potenciais para a inflação”.

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As discussões sobre um possível fim ao conflito na Ucrânia ficaram acaloradas nesta quarta-feira, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamando o contraparte da Ucrânia Volodymyr Zelensky de ditador sem eleições, após Zelensky dizer que o presidente americano está vivendo em um espaço de desinformação criado pela Rússia, como resultado das conversas entre a Casa Branca e o Kremlin.

O dólar subiu a 1,4237 dólar canadense. A divisa do Canadá pode se enfraquecer em relação ao dólar norte-americano no curto prazo devido à postura mais cautelosa do Fed em relação aos cortes nas taxas de juros em comparação com o Banco do Canadá, disse Michael Pfister, analista do Commerzbank, em relatório.

“Os nossos economistas já não esperam que o Fed reduza as taxas de juro duas vezes no primeiro semestre do ano, mas sim que adie esses cortes até à virada do ano.” No entanto, é provável que o BOC termine em breve o seu ciclo de flexibilização da política monetária, com um corte final das taxas em abril. Já o iene recebeu o suporte de sinal de que o Banco do Japão precisa continuar ajustando o grau de acomodação monetária, como disse Hajime Takata, membro do conselho de política monetária, na quarta-feira, ao alertar sobre o risco de a inflação subir muito.

Bitcoin sobe

O bitcoin operava em alta nesta tarde, impulsionado pelo otimismo dos investidores após a confirmação de um nome pró-cripto para a Secretaria de Comércio dos Estados Unidos e pela notícia da aquisição de um parque eólico pela MARA Holdings, visando aumento de lucros. O mercado permanece atento, também, à ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), que deve ser divulgada em breve.

Pouco antes das 16h (de Brasília), o bitcoin era negociado em alta de 2,38%, a US$ 95.850,01, segundo a Binance. Já o ethereum ganhava 3,03%, a US$ 2.706,70.

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Na noite de ontem, o Senado dos Estados Unidos confirmou Howard Lutnick como secretário de Comércio. O nome escolhido por Donald Trump para o cargo animou investidores de criptomoedas, já que Lutnick tem uma postura pró-bitcoin e defende a ampliação do uso do ativo digital nos setores público e privado, segundo traders.

Nas redes sociais, traders também circularam a informação de que a MARA Holdings, firma de mineração de criptomoedas, adquiriu um parque eólico no Texas para abastecer suas operações com energia renovável. Investidores destacaram que a iniciativa deve aumentar os lucros da companhia e reduzir os custos operacionais, impulsionando os ganhos do bitcoin ao longo do dia.

Ontem, especialistas pediram que a Securities and Exchange Commission (SEC, equivalente à CVM nos EUA) intervenha para prevenir golpes, como o da criptomoeda $LIBRA, endossada pelo presidente da Argentina, Javier Milei. “Esses projetos fraudulentos de memecoins de celebridades não surgiram do nada”, afirmou Nic Puckrin, do Coin Bureau. “Eles nasceram do vácuo criado pela falta de regulamentação da SEC”. O tema seguiu no radar dos investidores hoje. Apesar da criação de uma força-tarefa de ativos digitais pela SEC, Trump ainda não cumpriu a promessa de campanha de estabelecer uma reserva estratégica de bitcoin.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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