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Ágora e BBI veem potencial para dividendos extraordinários da Vale (VALE3) em 2025

A Vale (VALE3) apresentou na noite de quarta-feira (19) o seu balanço do quarto trimestre de 2024, que agradou o mercado. As ações da firma reagem bem aos resultados e sobem 2,66% nesta quinta-feira (20) cotadas a R$ 57,17. Para analistas da Ágora Investimentos e do Bradesco BBI, os números favorecem a possibilidade de que a firma distribua dividendos extraordinários em 2025.

Os estrategistas destacam o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de US$ 4,1 bilhões apresentado no período, que cresceu 9% no trimestre, ainda que a cifra tenha sido 40% menor em base anual. O anúncio de novos dividendos pela firma, juntamente com um programa de recompra de ações, são outros fatores que impulsionam as expectativas por proventos extraordinários neste ano.

“Destacamos que o dividendo extraordinário anunciado ontem ressalta a confiança da administração na melhora do momento operacional da Vale e reforça a remuneração dos acionistas como foco principal”, apontam Rafael Barcellos, do BBI, e Renato Chanes, da Ágora.

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Os analistas enxergam que a produção de minério de ferro da companhia deve atingir de 325 a 335 milhões de toneladas este ano, com os preços da commodity ficando numa média de US$ 100 por tonelada em 2025. “Os preços do minério têm superado as expectativas do mercado, apoiados por incertezas contínuas do lado da oferta, elevada produção de aço na China e esperanças renovadas de uma recuperação no mercado imobiliário da segunda maior economia do mundo”, afirmam.

A expectativa por um melhor desempenho de produção e custos pode impulsionar o Ebitda da Vale para US$ 16,4 bilhões em 2025, aumentando a probabilidade de dividendos extraordinários, principalmente no segundo semestre deste ano.

No que se refere aos proventos obrigatórios (não extraordinários), Ágora e BBI esperam que os valores sejam pagos em setembro de 2025, atingindo US$ 1,5 bilhão, o que levaria a um dividend yield (rendimento de dividendos) mínimo de 7%. As casas relembram que a política de dividendos da Vale determina que a firma distribua, aos seus acionistas, pelo menos 30% de seu Ebitda ajustado menos o investimento “sustentável”, consistindo em dois pagamentos semestrais.

Com um Ebitda estimado em US$ 16,4 bilhões em 2025, a dívida líquida expandida da companhia atingiria US$ 13,3 bilhões até o quarto trimestre de 2025, o que, segundo os cálculos das casas, poderia desbloquear aproximadamente US$ 1,7 bilhão em retornos extras de caixa. Se materializado, isso implicaria um rendimento de dividendos adicional de 4%, que, juntamente com um dividend yield mínimo de 7%, totalizaria 11% de retorno aos investidores.

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A projeção acima considera que o minério de ferro fique ao redor de US$ 100 por tonelada em média. Em um cenário alternativo, caso os preços da commodity atinjam a média de US$ 95 em 2025, Ágora e BBI ainda veem potencial para um adicional de US$ 0,9 bilhão em retornos extras de caixa da Vale – equivalente a 2% de dividend yield, ou 9% incluindo dividendos mínimos.

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Autor: Beatriz Rocha

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