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BB vê risco de crédito no agro cair em 2025 e consignado ‘e-social’ como oportunidade

BB vê risco de crédito no agro cair em 2025 e consignado ‘e-social’ como oportunidade

O Banco do Brasil (BBAS33) trabalha com a expectativa de que o risco de crédito na carteira do agronegócio se acomode ao longo de 2025, afirmou a presidente-executiva do banco, Tarciana Medeiros, nesta quinta-feira, chamando a atenção para a previsão de safra recorde no ano.

Os papéis da companhia sediam 2,74%, a R$ 28,09, entre os piores desempenhos do Ibovespa, às 12h (horário de Brasília).

“Com o crescimento previsto para a safra 2025, de safra recorde, (o BB) tende sim a melhorar bastante a qualidade da carteira (do agronegócio)”, afirmou a executiva em coletiva de imprensa sobre o balanço divulgado na véspera.

“Continuamos relevantes e próximos desse setor. É uma crise muito pontual”, afirma Geovanne Tobias, vice-presidente de Gestão Financeira e RI. “Acreditamos na capacidade dos agricultores que se endividaram muito que com a safra recorde possam retomar suas operações”, diz Tobias. A CEO destacou que a carteira é de R$ 400 bilhões.

No quarto trimestre, a carteira do agronegócio voltou a mostrar aumento relevante na inadimplência, com o índice acima de 90 dias chegando a 2,45% em dezembro, de 1,97% em setembro e 0,96% um ano antes.

De acordo com o vice-presidente de controles internos e gestão de riscos, Felipe Prince, o setor continuou afetado pela “advocacia predatória” nas recuperações judiciais, bem como por compressão de margens, principalmente no mercado de soja e milho, concentrado em produtores do Centro-Oeste.

“Essa realidade se manteve”, afirmou.

Medeiro ressaltou, porém, que o BB não observou novos casos relevantes de recuperação judicial no agro e tem conseguido aplacar essa questão. Ela citou que o banco tinha 210 casos no terceiro trimestre e chegou ao quarto trimestre com 270. “Continuamos com trabalho muito forte de orientação”, afirmou.

“Nós vamos distribuir 100% dos recursos equalizados que foram destinados ao Banco do Brasil (no Plano Safra)..Na velocidade de desembolso que está acontecendo, (o banco) já prevê essa entrega”, afirmou.

Em julho do ano passado, o BB anunciou R$260 bilhões para o financiamento da safra 2024/2025, o maior de sua história e equivalente a um aumento de 13% em relação ao realizado na safra anterior, considerando todos os tipos de operações, não apenas de custeio e investimento.

Consignado ‘e-social’

O BB também enxerga uma grande oportunidade para avançar no crédito consignado para o setor privado com os planos do governo de criar uma plataforma unificada no e-social para fortalecer as concessões de crédito com desconto em folha de pagamento para os trabalhadores com carteira assinada.

“Você amplia esse mercado que hoje está muito restrito e basicamente na mão de Santander e Itaú…isso para nós será uma oportunidade enorme” afirmou Tobias, destacando que o banco poderá levar a “expertise” do banco no consignado ao setor público.

Prince acrescentou que o banco já tinha planos de crescer no consignado privado, e essa possibilidade da plataforma elimina barreiras de entrada. Medeiros acrescentou que o banco terá uma ideia melhor sobre o volume que irá buscar nesse segmento no próximo trimestre.

Tobias reforçou que o foco na carteira de crédito para a pessoa física vai ser maior do que nos outros portfólios, acrescentando que o banco tem certeza de que crescerá nesse segmento, citando a oportunidade do consignado do e-social.

No guidance para 2025, o BB prevê uma expansão de 5,5% a 9,5% para sua carteira de crédito, que fechou 2024 com um crescimento de 11,7%. Para a pessoa física, calcula um avanço de 7% a 11%.

ROE e proventos

O BB considera que um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) na faixa dos 20% é “extremamente condizente” com a situação macroeconômica do Brasil, com a estrutura de balanço e os negócios em que o banco atua, de acordo com o vice-presidente de gestão financeira.

No quarto trimestre, o ROE caiu para 20,8%, de 21,1% no terceiro trimestre e 22,5% um ano antes. No ano, ficou em 21,4%.

“Nós não queremos o crescimento pelo crescimento apenas. Nós queremos um crescimento com qualidade, preservando essa rentabilidade, mas de uma maneira sustentável, porque senão é uma visão só de curto prazo”, acrescentou Tobias. Conforme acrescentou Prince, a faixa considerada ideal pelo banco é em torno de 20%, sem que haja a busca por números como 30% sem sustentabilidade.

O CFO também justificou o anúncio de um intervalo do payout entre 40% e 45%, aprovada pelo conselho de administração do BB, afirmando que o objetivo é dar flexibilidade à gestão do capital do banco, garantindo uma remuneração bastante atrativa para os investidores.

Ao comentar os guidances do BB, a presidente-executiva afirmou que são uma “bússola”, mas que o banco buscará alcançar a ponta alta dos intervalos.

(com Reuters)

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Autor: camillebocanegra

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