Ouro fecha em alta e se aproxima de recorde, com tensões entre EUA e Europa em foco
O ouro voltou a ganhar força e fechou a sessão desta quinta-feira (20) em alta, à medida que aumentam as tensões entre a Europa e os Estados Unidos desde o início das negociações entre o presidente americano, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para um acordo de paz na guerra com a Ucrânia.
O ouro para abril fechou com alta de 0,68% nesta quinta-feira, a US$ 2.956,10 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
De acordo com a SP Angel, a preocupação com a relação entre europeus e americanos surge após Trump chamar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “ditador” e dizer que a invasão da Rússia foi culpa da própria Ucrânia, o que fornece suporte ao ouro, devido à crescente demanda por refúgio seguro. A instituição afirma que, além da questão geopolítica, a persistente incerteza econômica e os temores de uma guerra comercial crescente, sob as políticas tarifárias propostas pelo republicano, cooperam para a alta do metal precioso.
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Na avaliação do MUFG, o ouro pode ganhar ainda mais espaço se o presidente dos EUA adotar uma abordagem mais agressiva às tarifas, já que aumenta o risco de inflação e, consequentemente, o apetite pelo metal de segurança. “O ouro pode ser visto como uma proteção contra a desvalorização”, explica.
Para o banco, em um cenário “mais benigno”, o metal precioso pode também se beneficiar do aumento das expectativas de corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e acredita que o ouro pode ser negociado a US$ 3.080,00 por onça-troy até o fim do ano. Nesta sessão, segundo o MUFG, o ativo de segurança foi impulsionado pela queda nos juros dos Treasuries e no dólar.
*Com informações da Dow Jones Newswires
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Autor: Estadão Conteúdo