Demitido, engenheiro descobriu o day trade: “Fórmula de sucesso está na simplicidade”

O trader e analista CNPI-T, Braúlio Langer, trilhou um caminho peculiar no mercado monetário. Mineiro de Ouro Branco, engenheiro de minas por formação, ele migrou para o trading e encontrou na análise técnica um campo de estudo que se tornou sua paixão. Ele contou sua história no segundo episódio da terceira temporada do programa Arte do Trade, no Canal Gaincast.

Primeiros passos

Langer teve sua primeira experiência no mercado há pouco mais de 10 anos, quando comprou Bitcoin sem muito conhecimento técnico. “Meu primeiro trade, digamos assim, foi lá em 2013, mas não dá para falar que comecei no mercado ali. Eu fui começar de fato em 2017.”

Engenheiro de uma mineradora, Bráulio Langer foi demitido e decidiu voltar para Belo Horizonte. Foi então que resolveu se aprofundar no universo do trading. “Descobri que existia a tal da análise técnica, que existe um gráfico que se olha e consegue predizer se o preço vai subir ou não. Isso aqui é muito legal, deixa eu me aprofundar um pouco mais nisso”, recorda como foi o primeiro contato com o trade.

A transição para o trading profissional aconteceu aos poucos. Ele passou a estudar intensamente, realizando suas operações em paralelo com sua carreira. “Eu estava num momento que conseguia ter um horário livre de manhã para operar e fiquei alguns anos fazendo isso”, diz.

Com o tempo, Bráulio percebeu que precisava se profissionalizar e buscou certificações. “Dentre todas as certificações do mercado monetário, aquela que achei que se encaixava mais no que eu fazia era a de analista CNPI-T”, afirma.

Depois de obter a certificação, ele trabalhou em corretoras e casas de análise, consolidando sua experiência no mercado. Hoje, atua como trader e analista, compartilhando conhecimento sobre trade, estratégias e indicadores.

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Indicadores próprios

Um dos pontos que diferencia Bráulio no mercado é que ele desenvolveu indicadores próprios para facilitar a tomada de decisão no intraday. “Eu acho que isso foi por causa da minha bagagem, de ter feito engenharia, essa visão mais analítica, de querer estudar estatística do negócio, de ter curiosidade de aprender a programar, de criar estratégias”, avalia.

Um de seus principais indicadores é o STG, que fornece sinais baseados em histograma e médias móveis. “O indicador basicamente tem três funções: ele diz qual é a tendência de alta ou de baixa, baseado nas barras; mostra se a tendência está acelerando ou desacelerando e indica pontos de reversão”, explica. Por ser um indicador de tendência, Bráulio aconselha que ele seja utilizado junto com a leitura de contexto.

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O dia a dia

Sobre sua rotina de operação, Bráulio conta que já teve uma abordagem mais ansiosa, mas hoje encontrou um método mais equilibrado. “No início, eu sentava na frente da tela uma hora antes do mercado abrir, lia notícias, via Twitter, fazia uma leitura gráfica completa. Mas quando o mercado abria, ele fazia totalmente o contrário do que eu achava que era mais provável”, conta.

Atualmente, ele faz um panorama de abertura e aguarda as melhores oportunidades. “Percebi que aqueles primeiros 15 minutos, meia hora de mercado, eu só me dava mal. Então, comecei a fazer meu panorama de abertura às 9h, porque aí, de 9h até 10h, fico esperando o mercado se acomodar. Dessa maneira eu não tenho mais aquela ansiedade de clicar”, ressalta.

Para ele, a chave do sucesso no trading está na simplicidade. “Ser simples é diferente de ser simplista. O simplista é o cara que sabe um pouco, tem um conhecimento raso porque não aprendeu o suficiente. O simples é aquele cara que entende a fundo, retirou o que não serve para ele e deixou o mais eficiente possível”, define.

Ele reforça que não existe um “Santo Graal” no trading. “Não tem. Tem o seu jeito de operar e é isso”, afirma.

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