A BASF, maior firma química da Alemanha, projeta vendas lentas de produtos químicos em 2025 devido à fraca demanda nos mercados europeu e chinês.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e itens especiais deve permanecer entre € 8 bilhões (US$ 8,3 bilhões) e € 8,4 bilhões este ano, após € 7,9 bilhões neste ano, informou a BASF na sexta-feira (28).
A companhia propôs um dividendo de € 2,25 por ação, o menor pagamento em mais de uma década.
O CEO da BASF, Markus Kamieth, que assumiu em abril passado, reorienta a firma para enfrentar os altos custos de energia e a queda na demanda global, principalmente na China, mercado que impulsionou o crescimento dos lucros em todos os setores nas últimas décadas.
“O maior desafio na China continua sendo as margens baixas”, disse Kamieth em uma chamada com analistas, com volumes estagnados no quarto trimestre. No entanto, ele acrescentou que há sinais de melhora: “as primeiras tentativas de aumentar os preços de certas commodities são bem-sucedidas”.
As ações subiram 2,5% às 11:22 em Frankfurt, revertendo perdas do início do dia. O papel valorizou cerca de 6% no ano passado.
A firma reduz custos em Ludwigshafen, maior fábrica química da Europa, onde já fechou algumas unidades de produção menores. A BASF busca cortar custos anuais em € 2,1 bilhões até o final de 2026. Até o final de 2024, alcançou economia anual de € 1 bilhão.
Para melhorar retornos nos negócios de produtos químicos, soluções industriais e nutrição, a firma separa ativos e avalia vender participação minoritária na unidade agrícola, com cisão prevista para 2027. A BASF vendeu sua unidade brasileira de tintas no início deste mês.
As vendas caíram 20% no ano passado no segmento de tecnologias de superfície da BASF, que produz revestimentos, tintas e proteção contra corrosão, devido à menor demanda automotiva.
O negócio petroquímico da BASF, que fabrica desde polímeros absorventes usados em fraldas até gases industriais, terá custos fixos maiores em sua nova fábrica na China, com operação prevista para 2030.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Bloomberg
