EUA devem ordenar que mais empresas deixem de operar na Venezuela


O governo Trump está se preparando para forçar mais firmas a interromper suas atividades na Venezuela, aumentando a pressão sobre o presidente Nicolás Maduro após ordenar que a Chevron encerrasse suas operações no país, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto.
Autoridades informaram firmas, incluindo a produtora de petróleo francesa Maurel & Prom e uma firma de asfalto administrada pelo magnata do petróleo da Flórida, Harry Sargeant, que elas terão 30 dias para encerrar suas operações na Venezuela assim que os EUA revogarem suas isenções para operar lá sem infringir as sanções, disseram as fontes. O Departamento do Tesouro dos EUA pode iniciar o processo já nesta sexta-feira (7), disse uma fonte.
Impedir as firmas de operar na Venezuela será um golpe para a economia já debilitada do país, colocando pressão sobre Maduro enquanto Trump busca um acordo sobre reformas democráticas e a aceitação de mais migrantes dos EUA. O Departamento do Tesouro informou à Chevron no início desta semana que deveria encerrar suas atividades na Venezuela até 3 de abril, muito menos do que o período normal de seis meses para desmobilização.
A economia da Venezuela depende fortemente do petróleo. A Chevron e outras firmas menores que receberam permissão de Washington para operar lá têm sido motores cruciais de crescimento, já que a própria estatal de petróleo da Venezuela está em frangalhos após anos de subinvestimento.
O governo Trump conta com vários conselheiros e funcionários com diferentes visões sobre como tratar a Venezuela, e é possível que o presidente mude de ideia no último minuto e permita que as firmas de petróleo continuem operando no país.
Outras firmas estrangeiras com operações na Venezuela aguardam notícias sobre se os EUA revogarão suas isenções para trabalhar lá sem estarem sujeitas a sanções, incluindo a espanhola Repsol e a italiana Eni.
O Departamento do Tesouro e o ministério da Informação da Venezuela não responderam imediatamente a pedidos de comentários.
As operações conjuntas entre a Chevron e a PDVSA contribuíram com um quarto da receita total do regime de Maduro em 2023 e 2024, segundo uma estimativa da consultoria Ecoanalítica, com sede em Caracas. Sem a Chevron, a economia da Venezuela poderia encolher até 7,5% neste ano, de acordo com o Observatório monetário, um grupo de pesquisa liderado pela oposição.
Um conselheiro de Trump, Rick Grenell, visitou Maduro em janeiro para reiniciar conversas diretas, levando à liberação de seis prisioneiros americanos e ao reinício dos voos de deportação. Desde então, 166 migrantes venezuelanos foram retornados dos EUA, com o último voo chegando a Caracas em 20 de fevereiro.
Maduro minimizou o impacto da obrigatoriedade da Chevron de encerrar suas operações na Venezuela, afirmando que “a produção não cairá nem um litro ou barril”.
© 2025 Bloomberg L.P.
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Autor: Bloomberg