O ex-governador de São Paulo, João Doria, elogiou, nesta quarta-feira (12), a política econômica conduzida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacando sua capacidade de diálogo com o setor firmarial e produtivo.
Apesar dos elogios ao titular da Fazenda, o ex-governador fez críticas à resistência interna no PT, especialmente de figuras como Rui Costa e Gleisi Hoffmann, que, segundo Doria, têm boicotado as iniciativas do ministro.
“É incompreensível que tenhamos uma boa política econômica conduzida pelo ministro Fernando Haddad e, muitas vezes, pessoas do próprio governo acabam atirando no próprio ministro. É uma incongruência, isso é um fato”, disse Doria durante seu discurso no Brasil Summit 2025, promovido pelo Lide.
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O ex-governador ainda enfatizou que o ministro da Fazenda tem sido atacado por aqueles que deveriam apoiar suas políticas para ajudar o Brasil a superar sua crise econômica.
Além disso, Doria criticou o tratamento dispensado pelo governo petista ao agronegócio, afirmando que a associação do setor com eleitores de Jair Bolsonaro (PL) prejudica sua relação com o governo.
“Não se pode misturar política ideológica com política econômica”, afirmou Doria, destacando os impactos negativos dessa lógica para a economia do país.
O embate interno no PT sobre a política econômica se intensificou com a ascensão de Gleisi Hoffmann como ministra das Relações Institucionais. Ela, junto a Rui Costa, é uma das principais vozes críticas a Haddad dentro do partido. Contudo, após uma orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as críticas contra Haddad têm diminuído, e os ministros estão sendo orientados a moderar suas manifestações.
No discurso de posse da nova função, Gleisi Hoffmann afirmou que respeitará as competências de todos os ministros, em um tom mais conciliatório, embora no passado tenha criticado abertamente o ministro da Fazenda. Rui Costa, por sua vez, mencionou recentemente que mantém uma “relação excelente” com Haddad.
O presidente interino do PT, senador Humberto Costa (PE), também demonstrou alinhamento com a postura do governo, afirmando que, enquanto estiver à frente do partido, não permitirá embates públicos contra o ministro da Fazenda.
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Autor: Marina Verenicz
