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Inflação na cozinha: entenda o que deixou a cesta básica mais cara neste mês

A cesta básica é um conjunto de alimentos essenciais destinados a suprir as necessidades nutricionais de uma pessoa adulta ao longo de um mês. O seu conteúdo varia conforme a região do país, mas geralmente inclui itens como arroz, feijão, leite, carne, farinha, frutas, legumes, óleo de cozinha, açúcar e café.

O preço da cesta básica é um dos principais indicadores do custo de vida da população e reflete os impactos da inflação sobre o poder de compra das famílias.

De acordo com o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço das cestas básicas registrou aumento significativo em fevereiro. O estudo revelou que 14 das 17 capitais analisadas apresentaram elevação no custo dos alimentos essenciais, com reajustes de até 4,44% em algumas regiões.

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Entre as cidades que mais sofreram com a alta dos preços, Recife liderou o ranking com um aumento de 4,44% no valor da cesta básica. Em seguida, aparecem João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%).

Por outro lado, algumas capitais registraram redução no custo dos alimentos. Goiânia teve a maior queda, com uma diminuição de 2,32%. Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%) também apresentaram leves reduções nos valores.

O grande vilão da cesta básica

O principal responsável pelo aumento das cestas básicas em fevereiro foi o café, que registrou alta em todas as capitais analisadas. O produto teve uma variação de 6,66% em São Paulo e impressionantes 23,81% em Florianópolis, tornando-se o item com maior reajuste no período.

De acordo com matéria do E-Investidor, a alta do café é resultado de diversos fatores, como oscilações no mercado agrícola, aumento da demanda e condições climáticas. Confira os principais motivos do aumento:

  • Seca e calor intenso: as altas temperaturas e a falta de chuvas prejudicaram a produção, reduzindo a oferta do produto no mercado;
  • Aumento dos custos logísticos: as tensões no Oriente Médio elevaram os custos do transporte marítimo, encarecendo as exportações e, consequentemente, o preço interno do produto;
  • Maior consumo global: o café é a segunda bebida mais consumida no mundo, ficando atrás apenas da água. Nos últimos anos, novos mercados, como a China, aumentaram significativamente a demanda pelo produto brasileiro.

Esse cenário impacta diretamente o bolso dos consumidores, que veem a cesta básica se tornar cada vez mais cara.

Colaborou: Renata Duque.

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Autor: Jéssica Anjos

Dinheiro Portal

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