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Tenda (TEND3) reverte prejuízo com lucro de R$ 21 milhões no 4TRI e revela perspectivas para 2025

A Tenda (TEND3), uma das maiores construtoras do País, com foco no Minha Casa Minha Vida (MCMV), reportou lucro líquido consolidado de R$ 21,3 milhões no quarto trimestre de 2024. O resultado representa uma reversão frente ao prejuízo de R$ 19,6 milhões no mesmo trimestre de 2023 – período em que a companhia ainda sofria com estouros de orçamentos de obras provocados durante a pandemia.

A melhora no resultado da Tenda em 2024 veio com o aumento das vendas e dos preços dos imóveis. Esse movimento contribuiu para ampliar a receita e diluir custos, com melhora das margens.

A divisão de negócios Tenda (baseado em empreendimentos em concreto) teve lucro de R$ 42,3 milhões, crescimento relevante em comparação com o lucro de R$ 2,9 milhões registrado um ano antes. A margem bruta ajustada da Tenda foi de 36,2%, alta de 9,1 pontos porcentuais.

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Já a divisão Alea (negócio em fase de expansão, baseado em estruturas pré-moldadas de madeira) gerou prejuízo de R$ 21 milhões, que foi 8,7% menor na comparação anual. A margem bruta ajustada de Alea foi de 11,2%, alta de 21,9 pontos porcentuais. Para este ano, o grupo espera que a Alea saia do vermelho.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado e ajustado somou R$ 130,7 milhões no quarto trimestre, salto de 147%. A margem Ebitda ajustada chegou a 15,4%, aumento de 7 pontos porcentuais. O critério “ajustado” exclui juros capitalizados, despesas com planos de ações e minoritários.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 850,6 milhões, expansão de 12,7%, em função do aumento do número de apartamentos vendidos e também do crescimento do preço médio por unidade.

A Tenda elevou a previsão de inflação nas suas obras de 5% para 7%. Em compensação, subiu o preço de venda em 3% no fim do último ano, chegando ao valor médio de R$ 219 mil por unidade. Segundo a firma, assim foi possível manter a margem bruta das novas vendas.

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A companhia reportou ainda um impacto negativo de R$ 30,1 milhões originados em eventos classificados como não recorrentes. Desse total, R$ 17,4 milhões foram por encargos monetários apurados em projetos do programa ‘Pode Entrar’. Outros R$ 12,7 milhões foram para provisão com iniciativas para mitigar o efeito da escassez de mão de obra, como programas de treinamento e projetos pilotos.

As despesas gerais e administrativas consolidadas totalizaram R$ 55,7 milhões, alta de 40% na comparação anual, enquanto as despesas com vendas foram de R$ 76,8 milhões, alta de 8,5%. A companhia informou que reverteu provisões na folha de pagamento relacionados a benefícios e provisão de bônus que não serão mais incorridos.

O resultado monetário (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 42,9 milhões, alta de 30,3% na comparação anual.

O grupo reportou geração de caixa operacional de R$ 97,5 milhões no trimestre. A dívida líquida foi a R$ 192,2 milhões, redução de 58% em um ano. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) caiu para 20,1% no fim de 2024 de 53,4% no fim de 2023.

Outros detalhes sobre o balanço da Tenda (TEND3)

Acumulado do ano

Em 2024, o lucro líquido consolidado do grupo atingiu R$ 106,4 milhões, reversão ante perda de R$ 95,8 milhões em 2023. O Ebitda ajustado consolidado no ano alcançou R$ 481,1 milhões, 121% mais que no ano anterior. A receita líquida consolidada totalizou R$ 3,3 bilhões em 2024, aumento de 13,1% ante 2023.

Perspectivas

“Para 2025, mantemos nossa confiança na continuidade da evolução dos resultados”, afirmou a administração, em sua apresentação de resultados. “Temos um pipeline (mapa das etapas que compõem o processo de vendas de uma firma) robusto de lançamentos e vendas, com expectativa de crescimento significativo da receita”, acrescentou.

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Na divisão da Tenda (TEND3), o foco é manter a operação estável, com manutenção da margem apesar da pressão inflacionária. Para Alea, a prioridade é continuar a jornada de crescimento, chegando no breakeven de rentabilidade.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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