Volkswagen adia meta de 6,5% de lucro para 2029 após quedas nas vendas na China e Europa

A Volkswagen adiou sua meta de lucratividade em três anos, enquanto a montadora enfrenta vendas fracas e vê a necessidade de enxugar os custos de suas operações inchadas.

A firma agora visa uma margem operacional de 6,5% em 2029, ao invés de 2026, à medida que corta capacidade e trabalhadores para compensar a menor demanda na Europa e na China. Os retornos da marca caíram para 2,9% no ano passado, o menor desde 2020.

“Enfrentamos e continuaremos a enfrentar obstáculos significativos, crescimento menor do que o esperado em mercados importantes e inflação persistente”, disse o diretor monetário da marca, David Powels, durante uma teleconferência sobre os lucros da VW nesta quinta-feira (13).

As vendas em queda na China e a competição cada vez mais acirrada na Europa — que ainda não retornou aos níveis de demanda pré-pandemia — pesaram na lucratividade da VW. Esforços de recuperação anteriores foram prejudicados por lançamentos fracassados ​​de veículos elétricos.

O CEO do grupo Oliver Blume fechou um acordo com sindicatos no final do ano passado para tornar a marca mais eficiente.

As medidas incluem cortar a capacidade em suas unidades alemãs em várias centenas de milhares de unidades e reduzir a força de trabalho em mais de 35 mil nos próximos cinco anos. A marca está projetando uma margem operacional de mais de 4% este ano e 5,5% em 2027.

Ainda de acordo com o executivo, a VW está planejando vários veículos elétricos de baixo custo para conquistar os consumidores europeus pressionados.

O primeiro deles — um abaixo de € 25.000 chamado ID. 2all — não será entregue antes do ano que vem.

A marca também tem grandes esperanças para o ID. EVERY1 de € 20.000, um elétrico compacto que deve começar a ser produzido em dois anos em Portugal.

“Com carros pequenos, a expectativa de margem de 6,5% é grande”, disse Powels, acrescentando que está confiante de que a marca alcançará esses retornos até 2029.